Descarbonização da China deve elevar pressão sobre preços internacionais de gás

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Descarbonização da China deve elevar pressão sobre preços internacionais de gás

As crises energéticas recentes na Europa e na Ásia serviram de alerta para os desafios da transição energética, devido à demanda ainda existente por combustíveis fósseis, mas sobretudo sinalizaram uma disputa mais acirrada pelo gás natural, entre o mercado europeu e a China, o que deve resultar em preços mais elevados do energético. “A China, daqui para a frente, cada vez mais vai querer mais gás [natural], porque ela quer reduzir a participação do carvão [na matriz energética]. O carvão é essencial para a China. Mas, daqui para frente, quanto mais ela puder transitar para o gás natural, ela vai fazer”, afirma Rodrigo Novaes, analista da consultoria PSR que fez um amplo acompanhamento da crise ocorrida nos últimos meses na Europa e na Ásia. Segundo ele, as crises nos dois continentes ocorreram por fatores diferentes, mas foram provocadas por problemas de mercado, basicamente menor oferta e maior demanda. O fato de elas terem se agravado no último trimestre, em paralelo às discussões da 26ª

Contratação de térmicas a carvão vai gerar R$ 840 milhões anuais até 2040, diz Abrace

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Contratação de térmicas a carvão vai gerar R$ 840 milhões anuais até 2040, diz Abrace

A contratação compulsória de energia proveniente de termelétricas a carvão, pelo período de 2026 a 2040, incluída em emenda aprovada ontem pela Câmara dos Deputados no projeto de lei 712/2019, vai gerar um custo anual para os consumidores de energia do país de R$ 840 milhões. A estimativa é da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace). “Quando comparada com a opção de os consumidores contratarem livremente usa energia renovável ao custo de R$ 187/MWh, a emenda inserida no PL 712/2019 impõe a todos os consumidores uma ineficiência anual de R$ 840 milhões”, afirma a Abrace em documento enviado aos senadores e que também é assinado pela Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), o Conselho Nacional de Consumidores de Energia Elétrica (Conacen), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e o União Pela Energia.

Divulgação Cemig

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Revisão das garantias físicas das hidrelétricas deve considerar novo período crítico hidrológico

A homologação da hidrologia de 2020 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) configurou um novo período crítico para o cenário hidrológico do sistema elétrico brasileiro. A expectativa, de acordo com a Engie Brasil Energia, é que o novo período crítico seja considerado nos cálculos das premissas da revisão das garantias físicas das hidrelétricas do Mecanismo de Realocação de Energia, prevista para ocorrer em 2023. “Essa revisão vai acontecer em 2023. No ano de 2022, as premissas vão ser discutidas. E é muito importante que atualizemos corretamente os dados de entrada, as séries de vazões e a questão do período crítico”, afirmou o diretor de Regulação e Mercado da Engie Brasil Energia, Marcos Keller, na última sexta-feira, 10 de dezembro, em encontro virtual com investidores.