Acordo entre Petrobras e PPSA reduz incertezas e viabiliza leilões de Sépia e Atapu, diz CS

Rodrigo Polito

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Rodrigo Polito

Publicado

12/Abr/2021 13:21 BRT

O acordo firmado na última sexta-feira, 9 de abril, pela Petrobras e a Pré-sal Petróleo (PPSA), sobre os parâmetros e o valor da compensação a ser paga à Petrobras pelos futuros produtores dos campos de Atapu e Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos, reduz as incertezas com relação aos investimentos nas duas áreas e pode ajudar a atrair interessados nos leilões do excedente da cessão onerosa dos dois campos, previsto para novembro, de acordo com avaliação do Credit Suisse.

Os valores definidos no acordo estão em linha com a expectativa da casa de análise. Os investidores que vencerem os leilões deverão pagar à Petrobras US$ 3,25 bilhões por uma participação de 60,5% em Atapu e de US$ 3,2 bilhões por 68,7% de Sépia. O acordo também inclui um mecanismo de earn-out atrelado aos preços do Brent, na faixa de US$ 40 a US$ 70 por barril a ser avaliado e pago anualmente entre 2022 e 2032.

Em relatório assinado pelos analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, o banco suíço destacou ainda que os parâmetros adotados no acordo entre Petrobras e PPSA, que representou a União no processo, podem ser utilizados para estimar o valor a ser pago à petroleira a título de compensação semelhante em relação ao campo de Búzios, também no pré-sal da Bacia de Santos, estimado em cerca de US$ 2,5 bilhões. A Petrobras tem 90% do campo, em parceria com as chinesas CNODC e CNOOC, com 5% cada.

A compensação é necessária para remunerar a Petrobras por investimentos prévios realizados nesses campos.

Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que a assinatura do acordo entre Petrobras e PPSA evidencia o compromisso do governo para viabilizar a transformação de recursos naturais em riqueza e bem-estar social.