Produção da Petrobras no 1º Tri está em linha com o esperado, enquanto vendas decepcionam, dizem analistas

Rodrigo Polito

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Rodrigo Polito

Publicado

28/Abr/2021 13:09 BRT

Os dados de produção da Petrobras no primeiro trimestre, divulgados pela estatal na noite de terça-feira, 27 de abril, vieram em linha com o esperado pelo mercado, segundo analistas consultados pela MegaWhat. No entanto, as vendas de combustíveis no mercado interno surpreenderam negativamente ao recuarem 5,6% em relação ao último trimestre do ano passado.

“Temos uma avaliação neutra do resultado operacional da Petrobras. Por um lado, os números de produção ficaram abaixo na comparação anual, devido aos desinvestimentos e ao declínio natural de produção. Por outro lado, vemos como positiva a maior taxa de utilização de refinarias reportada pela companhia na comparação anual”, destacou a XP Investimentos, em comentário sobre o desempenho da Petrobras assinado pelos analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado.

A casa de análise mantém recomendação de venda de ações da Petrobras, com preços-alvo de R$ 24 para as ações preferenciais (PN) e ordinárias (ON).

Para o Credit Suisse, não houve surpresas com relação aos dados da produção. Em relação às vendas, o destaque negativo, segundo a casa de análise, foi a redução de quase 6% das vendas de derivados de petróleo, ante o quarto trimestre, e de 14% nas exportações, na mesma comparação.

Outro analista de um grande banco disse, em condição de anonimato, que os dados operacionais reportados pela Petrobras estão em linha com o esperado e que não representam um fato que possa alterar o preço dos papeis da companhia.

No primeiro trimestre, a produção de petróleo da companhia alcançou 2,196 milhões de barris diários, com alta de 3,1% em relação ao trimestre anterior e queda de 5,3% na comparação com os primeiros três meses de 2020. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, a alta deve-se principalmente à parada programada para manutenção em plataformas da companhia naquele período. Já, na comparação anual, a queda foi motivada pelos desinvestimentos e declínio natural de produção de alguns campos.