Rodrigo Limp toma posse na Eletrobras e defende privatização da companhia
O novo presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, tomou posse em cerimônia realizada nessa sexta-feira, 6 de maio, com um discurso em defesa da privatização da companhia, tida como necessária para que a empresa lidere e protagonize a transição energética no Brasil.
"O setor elétrico brasileiro vai demandar investimentos de mais de R$ 360 bilhões em geração e transmissão nos próximos 10 anos. Para consolidar a liderança e ser protagonista, a companhia precisa estar capitalizada com capacidade de investimento e ter competitividade", disse Limp, se referindo aos valores previstos no Plano Decenal da Expansão (PDE) 2030.
Ele prometeu dedicar todos seus esforços para fazer da Eletrobras uma companhia cada vez mais forte, com compromisso com o desenvolvimento sustentável, ética, transparência e respeito ao meio ambiente e à vida.
Os discursos do evento, realizado no Rio de Janeiro, também celebraram o papel que Wilson Ferreira Junior teve no comando da Eletrobras entre julho de 2016 e março deste ano. "Vocês promoveram profundas transformações na empresa, com ganhos de eficiência operacional e melhora de todos os indicadores econômico-financeiros", disse Limp, estendendo os agradecimentos à diretoria e aos funcionários da estatal.
"Estamos motivados e determinados para que todos possamos contar com uma Eletrobras mais forte, que possa se tornar a melhor empresa na geração e transmissão de energia elétrica", disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Segundo o ministro, a Eletrobras tem um potencial claro de geração de valor "sem as amarras estatais".
Até ser nomeado na Eletrobras, Limp atuava como secretário de Energia no MME. Antes disso, foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2018 e o início de 2020, tendo ingressado na agência em 2007, de onde saiu em 2015 para se tornar consultor legislativo na Câmara dos Deputados. A aposta do governo é que, por ter bom diálogo com o Congresso e amplo conhecimento das regras do setor, Limp será importante no trabalho de convencimento pela privatização da estatal.
"Limp reúne a competência, a experiência, o trânsito nas mais diversas áreas e, em especial, essa característica tão pessoal da afabilidade, do diálogo, da compreensão, capacidade de ouvir e enunciar argumentos", disse Ruy Flaks Schneider, presidente do conselho da Eletrobras.