Petrobras pode formar consórcios para leilão do excedente da cessão onerosa de Sépia e Atapu

Natália Bezutti

Autor

Natália Bezutti

Publicado

14/Mai/2021 19:31 BRT

(Com Jade Stoppa Pires e Rodrigo Polito)

A Petrobras pode compor consórcios para disputar o excedente da cessão onerosa das áreas de Atapu e Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos, em leilão previsto para ser realizado no fim deste ano. Segundo o diretor de Exploração e Produção da companhia, Fernando Borges, a formação de parcerias pode reduzir risco e aumenta o potencial de eficiência dos projetos.

O executivo, no entanto, não detalhou se a companhia disputaria o leilão em consórcio ou se entraria no consórcio vencedor, ao fim da disputa, exercendo a preferência de ser operadora, com 30% de participação.

“Infelizmente não temos bons exemplos de outras grandes empresas fazendo grandes descobertas no pré-sal, porque é uma atividade de risco. Não é um bilhete premiado”, afirmou Borges, em entrevista coletiva, nesta sexta-feira, 14 de maio. “Podemos explorar mais pontos dividindo com os parceiros”.

Segundo ele, as versões anteriores do planejamento estratégico da companhia eram mais explícitas no que diz respeito à formação de parcerias para a exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas, mas a visão permanece a mesma. “Isso não foi abandonado. Nossa estratégia é atuar em parceria. Nunca podemos esquecer que exploração é um negócio de risco”, afirmou.

Borges acrescentou que a existência de um sócio eleva a exigência para que seja feito o melhor projeto, tanto para explorar quanto para desenvolver uma nova área. “Quando conseguimos essa sinergia com um parceiro, nós saímos mais fortes para uma atividade que é, sim, de risco", completou.