Lucro líquido da EDP cresce 70% e vai a R$ 510 milhões no terceiro trimestre

Natália Bezutti

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Natália Bezutti

Publicado

25/Out/2021 22:07 BRT

A EDP Brasil registrou lucro líquido de R$ 510 milhões no terceiro trimestre do ano, um avanço de 70,3% em relação ao mesmo intervalo de 2020. Já o Ebitda (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 1,1 bilhão, uma alta de 60,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil, o resultado positivo é resultado de um “conjunto de decisões que justificam esse desempenho. Em primeiro lugar fomos eficientes contra o aumento de custos”.

De janeiro a setembro, o lucro líquido atingiu R$ 1,3 bilhão, um aumento de 67,2% considerando o mesmo período do ano passado, enquanto o Ebitda totalizou R$ 2,9 bilhões, significando uma elevação de 49,8% em relação aos nove primeiros meses de 2020.

A empresa destacou os resultados nos segmentos de distribuição e transmissão. No primeiro, com a retomada da atividade econômica e expansão do número de clientes, o volume de energia distribuída apurado no terceiro trimestre apresentou aumento de 4,2% em relação ao mesmo intervalo de 2020.

Paralelamente, o processo de reajuste tarifário da EDP Espírito Santo resultou no aumento de 9,75% na tarifa média para o consumidor e numa alta de 46% da parcela B. Outro reajuste, mas que ocorreu após o fechamento do trimestre e não foi computado ao resultado divulgado, foi o da EDP São Paulo, que promoveu uma elevação de 12,4% na tarifa média para o consumidor e um aumento de 32,6% na parcela B.

Quanto aos reajustes, a empresa entendeu que as deliberações da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apesar das flexibilizações, mantiveram a segurança dos contratos.

“Foram reajustes corretos do pronto de vista dos seus contratos, e o cumprimento de contratos é extremamente importante” disse João Marques da Cruz.

Na transmissão, os empreendimentos em operação apresentaram no trimestre Receita Anual Permitida (RAP) líquida de R$ 45,8 milhões e Ebitda regulatório de R$ 39,8 milhões. No acumulado do ano, esses indicadores chegam a R$ 89,9 milhões e a R$ 74,7 milhões, respectivamente.

Além disso, dentro da sua estratégia de rotação de ativos, no dia 14, arrematou em leilão de privatização a estatal Celg-T por R$ 1,9 bilhão. No dia 19, anunciou a venda de três empreendimentos de transmissão localizados nos estados do Espírito Santo e Maranhão.

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