Reino Unido discute reforma do mercado de energia

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

20/Jul/2022 14:40 BRT

O governo do Reino Unido lançou nesta segunda-feira, 18 de julho, uma Revisão dos Acordos do Mercado de Eletricidade (Rema) para avaliar projetos do setor no país. O plano tem o objetivo de aumentar a segurança energética e reduzir os custos de energia dos consumidores britânicos, enquanto o continente europeu passar por diversas incertezas sobre o mercado de gás natural.

Para colocar o Rema em prática, o governo britânico avalia mudanças, como a introdução de incentivos para consumidores usarem energia fora do horário de pico, ou em dias ensolarados ou com mais ventos, bem como da participação de tecnologias de baixo carbono, por meio do armazenamento de energia.

Uma outra reforma, considerada mais drástica pelo governo, seria na política de preços britânico. No sistema atual, os preços do gás são definidos no atacado, já que, muitas vezes, o combustível é a última fonte de abastecimento que atende a demanda. Agora, com a participação crescente das fontes renováveis no sistema, o governo estuda como utilizar as fontes renováveis para reduzir os custos de energia dos consumidores.

O lançamento do estudo faz parte de uma revisão anunciada pela primeira vez na Estratégia Britânica de Segurança Energética (BESS), publicada em abril. Segundo o governo, o BESS já teve impactos significativos nas “ambições” do estado em construir um sistema de energia renovável, utilizando tecnologias de baixo carbono, eólica offshore, solar e nuclear até 2035. 

De acordo com dados divulgados pelo governo britânico, no início deste mês, o Reino Unido bateu 11 GW de capacidade de energia renovável, o suficiente para abastecer cerca de 12 milhões de residências britânicas. 

“Acabamos de ver o preço da energia eólica offshore do Reino Unido cair para o menor nível histórico e o gás é uma parte decrescente do nosso mix de geração de eletricidade, por isso precisamos explorar maneiras de garantir a eletricidade e nosso mercado está se adaptando aos tempos”, disse o secretário de Negócios e Energia britânico, Kwasi Kwarteng.