Controle de preços representa risco para o setor de combustíveis no Brasil, aponta CBIE

Poliana Souto

Autor

Poliana Souto

Publicado

19/Jan/2023 17:33 BRT

Um dos primeiros atos do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Medida Provisória (MP) 1.157, que prorroga, até 31 de dezembro deste ano, a isenção dos tributos federais que incidem sobre os combustíveis. Para o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a decisão que controla os preços dos combustíveis, pode afastar investimentos externos e causar desequilíbrios nas cadeias de suprimento doméstico.  

“As inconsistências em medidas regulatórias e no papel do Estado são uma das principais fontes de insegurança e risco para o segmento no Brasil. Por isso, é fundamental afastar essa imagem e aumentar a projeção do país no cenário global”, afirma Pedro Rodrigues, diretor e sócio do CBIE. 

Segundo estudo da consultoria, o Brasil deveria investir em infraestrutura para escoamento de gás natural, por meio de gasodutos e UPGNs, para reduzir o volume de reinjeção e explorar os recursos não convencionais. Tal medida, diminuiria a necessidade de importação e exposições a fatores externos. 

O CBIE ainda defende programas de incentivos aos biocombustíveis, o que daria um maior protagonismo ao Brasil no segmento, como ferramenta de descarbonização do setor de agronegócios. 

“Hoje o Brasil é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, só perde para os Estados Unidos, mas o nosso potencial é muito maior. E estamos falando de uma energia limpa, renovável e de economia circular. É importante que o governo promova diferenciais tributários para incentivar o seu desenvolvimento”, afirma Bruno Pascon, diretor e sócio do CBIE.