Teto do ICMS para energia e combustíveis vai evitar reajuste de ‘preço a toda hora’, diz Guedes

Natália Bezutti

Autor

Natália Bezutti

Publicado

14/Jun/2022 19:14 BRT

(com Poliana Soutto)

O projeto aprovado pelo Senado Federal que limita as alíquotas do ICMS para energia elétrica e combustíveis dará margem para que não ocorram reajustes de preços frequentes. A opinião é do ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou nesta terça-feira, 14 de junho, do 5º Fórum de Investimentos do Brasil. 

“Quando você reduz o IPI e o ICMS, você está dando margem de folga. Mesmo que os custos subam, você tem uma margem de folga, de gordura, para não ficar reajustando preço toda hora”, disse o ministro.

Como fez em eventos anteriores, Guedes defendeu acelerar as privatizações e usar os recursos dos projetos de desestatização para criar um fundo de reconstrução nacional, destinado a recuperar a capacidade de investimento público, financiando obras de infraestrutura, e para capitalizar o fundo de erradicação da pobreza. 

“Fizemos a privatização da Eletrobras na semana passada, fizemos o Porto de Vitória um pouco antes, e agora vamos fazer o Porto de Santos. Estamos nos movendo para frente”, destacou o ministro da Economia sobre a agenda de privatizações do governo.

Para Guedes, a privatização é de distribuir os recursos para a população, além de ser uma forma de aumentar a competitividade das empresas federais, de elevar o nível de investimentos dessas companhias, e até mesmo, de preservar o legado das estatais para a população.

"Vamos acelerar e aprofundar as privatizações. Como preservar esse legado [das estatais]? Deixa seguir a vida. É como um filho, que fica em casa até os 17, 18 anos e, de repente, sai e vai embora. Vai ganhar a vida, vai lutar pela vida. Essas empresas foram ajudadas. Foram o sacrifício de duas, três gerações. Está aí o legado. Agora, podemos transformar isso em recursos", disse.

Guedes ainda definiu o fluxo de investimentos privados contratados para os próximos anos como uma “avalanche”. Por outro lado, disse não ter dúvidas sobre uma recessão econômica na Europa e nos Estados Unidos, e que a perceptiva econômica brasileira para o futuro é melhor do que para o restante do mundo.