Consumo de energia cresce 5,5% em março, mesmo com medidas mais restritivas da covid-19

Natália Bezutti

Autor

Natália Bezutti

Publicado

15/Abr/2021 19:11 BRT

Categoria

ConsumoOutros

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou levantamento que aponta um crescimento da carga de 5,5% em março, totalizando um volume de 66,65 GW médios. O aumento, verificado na comparação com o mesmo período de 2020, indica um impacto limitado no consumo de energia elétrica em relação à adoção de medidas restritivas para conter o avanço da covid-19 no país.

A alta registrada em março no Brasil, coloca o país à frente da Espanha (+5,1%), Estados Unidos (+0,6%) e Reino Unido (-0,3%) e atrás somente da Itália (+12,2%) e França (+6,2%), segundo a câmara, que também analisou dados dos Estados Unidos e das principais economias da Europa.

“Esse incremento, tanto em março quanto na análise dos números referentes ao primeiro trimestre do ano, indica uma curva de aprendizagem em relação à pandemia e mostra que vários setores da economia conseguiram manter sua operação ainda que diante de regras mais rígidas que aquelas adotadas no ano passado”, avalia Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.

Em março, 19 estados e o Distrito Federal registraram alta. Os maiores índices foram registrados no Rio de Janeiro (+14,1%), Santa Catarina (+10,5%), Pará (+9,0%), São Paulo (+7,9%) e Bahia (+7,3%). Entre os estados que registraram baixa no consumo estão Rio Grande do Sul (-10,9%), Amazonas (-9,5%), Rondônia (-8,0%), Acre (-5,9%) e Paraíba (-0,6%).

Ao verificar os ramos de atividade, a CCEE verificou que todos os segmentos que atuam no mercado livre, apresentaram crescimento no consumo de energia na comparação com 2020. O setor de Saneamento registrou a maior alta (+34,7%), seguido pelo Comércio (+26,7%), Têxtil (+24,5%), Veículos (+22,1%) e Manufatura (22,0%).

Na avaliação do primeiro trimestre, o volume consumido aumentou 3,7% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a câmara, a alta foi puxada pelo maior consumo no Ambiente de Contratação Livre (ACL), que cresceu 11,5%, enquanto no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), o primeiro trimestre encerrou com consumo 0,3% acima do ano passado.