Shell estuda oportunidades em projetos de eólica offshore no Brasil

A petroleira anglo-holandesa Shell vai estudar oportunidades de investimentos no setor de geração eólica offshore no Brasil. A medida faz parte da estratégia da companhia relativa a novas energias e redução de emissões de gases do efeito estufa.

“Já começamos a fazer uma alocação muito clara no setor de novas energias, que incluem renováveis. O caminho está muito claro. Estamos olhando, aqui no Brasil, solar. Vamos começar a olhar offshore wind [eólicas offshore] a partir de agora. Acho que tem aí um caminho muito certo”, afirmou o presidente da Shell no Brasil, André Araujo, em evento virtual realizado pela agência epbr, nesta terça-feira, 29 de junho.

Segundo o executivo, a decisão da Justiça holandesa que determinou que a companhia antecipe, de 2035 para 2030, a meta de redução em 45% das emissões de gás carbônico, em relação a níveis de 2019, é complexa. Ele, no entanto, explicou que a sentença, para a qual ainda cabe recurso, tem o mesmo norte que o do plano estratégico do grupo anglo-holandês.

“Alcançar 45% de redução [de emissões] até 2030 é extremamente complexo. É um grande desafio. Vamos revisitar todos os nossos planos”, disse Araujo. “Precisamos encontrar formas que façam sentido, que tenha propósito, que continuem lucrativas e que atendam uma necessidade urgente de redução de emissões”, completou.

O executivo contou ainda que a decisão da Raízen, joint-venture entre Shell e Cosan, de investir em uma segunda planta de etanol de segunda geração no Brasil não se deu a partir da determinação da corte holandesa, mas já fazia parte da estratégia de longo prazo do grupo.