Operação da UHE Ilha Solteira retorna ao nível de normalidade
A hidrelétrica de Ilha Solteira (3.444 MW) voltou a operar em seu nível mínimo normal de 325,4 metros, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA). Desde o início de julho de 2021, a usina vinha operando abaixo da cota, por determinação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), para o enfrentamento da escassez hídrica no país.
Em novembro do mesmo ano, o nível d’água do reservatório da UHE chegou a 319 m, impossibilitando a utilização normal das águas na região. A hidrelétrica operada pela CTG Brasil está localizada entre os municípios de Ilha solteira, no estado de São Paulo, e Servíria, no estado do Mato Grosso do Sul,
Com a retomada do nível de operação, com dois meses de antecipação, a hidrovia Tietê-Paraná passa a funcionar normalmente sem a necessidade de ondas liberadas pela hidrelétrica Nova Avanhandava, em São Paulo, que vinha ocorrendo desde a retomada do transporte aquaviário na hidrovia em 15 de março. Além disso, a profundidade para navegação pleno de 2,7 m voltou a estar disponível para navegação na região.
Segundo a ANA, a operação foi retomada, sem prejudicar o enchimento dos reservatórios de cabeceira da bacia, como da UHE de Furnas (MG), devido às chuvas de fevereiro e março na bacia do rio Paraná. O retorno estava previsto para acontecer no fim de maio, conforme protocolo de compromisso celebrado entre a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Rio Paraná Energia, com mediação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
No mesmo período de redução na capacidade da UHE Ilha Solteira foi adotada uma política operativa para recuperar os reservatórios de cabeceira em conformidade com o Plano de Contingência da ANA para a Recuperação de Reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) e minimizar os volumes liberados pelas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, que estão localizadas na calha do rio Paraná e estão a abaixo de Ilha Solteira.
As vazões mínimas defluentes de Porto Primavera e Jupiá continuam definidas em, respectivamente, 2.500 m³/s e 3.100 m³/s em março, e em 2.300 m³/s e 2.900 m³/s em abril.