Eletrobras pode investir mais de R$ 15 bilhões por ano, diz presidente – Edição da Tarde

Thereza Martins

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Thereza Martins

Publicado

09/Ago/2022 17:22 BRT

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MegaExpresso

Em decorrência do processo de capitalização, a Eletrobras, agora empresa privada, terá condições de investir ao menos R$ 15 bilhões por ano. A projeção é do novo presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., que discursou em evento para empresários durante o 10º Fórum Lide de Infraestrutura, Logística e Energia, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), conforme informação do Valor Econômico.

Segundo o executivo, o Brasil é um país com pouquíssimo investimento em infraestrutura, em torno de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto que países de primeiro mundo aportam mais de 4,5%. Entretanto, a aprovação de marcos regulatórios, como o do gás, portos e saneamento, têm criado condições atrativas de capital privado e processos de concessões e privatizações.

“Uma das razões de a Eletrobras ter sido levada para o processo de capitalização é que ela não tinha capacidade de investimento. Ela investia R$ 4 bilhões por ano, mas só para manter a posição a empresa precisava de R$ 14 bilhões. A partir de agora, com a capitalização, ela consegue investir R$ 15 bilhões, no mínimo", calcula.

Petrobras informa sobre ação da EIG Energy

Em comunicado, a Petrobras informa que o juiz do Tribunal Distrital de Colúmbia, Estados Unidos, proferiu ontem (08/08) decisão em ação que EIG Energy Fund XIV, L.P. e outros (EIG) ajuizaram em face da Petrobras, relacionada ao seu investimento na Sete Brasil Participações S.A..

De acordo com o comunicado, o juiz acolheu o pleito dos autores quanto à responsabilidade da Petrobras pelas alegações formuladas, mas negou o pedido dos autores de julgamento antecipado (motion for summary judgment) com relação a danos e qualquer concessão de indenização estará sujeita à comprovação de danos pela EIG em audiência de julgamento. Na mesma decisão, o juiz negou o pedido da Petrobras de julgamento antecipado e adiou decisão sobre duas questões procedimentais. A decisão é recorrível.

A Petrobras reitera que seguirá se defendendo no processo e reafirma “a sua condição de vítima das atividades ilícitas investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, conforme reconhecido por todas as instâncias do Judiciário brasileiro”. 

Oleoduto da Rússia que fornece petróleo para Europa Central tem fluxo interrompido

O fluxo de petróleo da Rússia através do oleoduto Druzhba, que passa pela Ucrânia e fornece combustível para Hungria, Eslováquia e República Tcheca, foi interrompido na semana passada depois que as sanções impediram o pagamento da taxa de trânsito, segundo a operadora de oleodutos da Rússia, Transneft.

A Ukrtransnafta, que opera a rede de oleodutos da Ucrânia e transporta petróleo pelo trecho sul do oleoduto de Druzhba, interrompeu o envio de petróleo russo em 4 de agosto por falta de pagamento de sua parceira russa, segundo a Transneft em comunicado divulgado nesta terça-feira. A operadora do oleoduto russa pagou a taxa de trânsito de agosto no dia 22 de julho, mas o dinheiro voltou para as contas russas no dia 28 de julho, disse a Transneft. Os bancos europeus não estão autorizados a tomar suas próprias decisões sobre pagamentos internacionais da Rússia e precisam de aprovação dos reguladores nacionais para finalizar as transações, segundo a Transneft.

Transneft está trabalhando em opções alternativas para transferir os fundos, de acordo com o comunicado. A empresa disse também que o fluxo do gasoduto em sua ligação norte, que passa pela Bielorrússia até a Polônia e a Alemanha, não foi afetado pela interrupção. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

Os portais de notícias dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo trazem informações e análises a respeito da deflação de 0,68% registrada em julho, pela 15ª vez desde o início do Plano Real. Essa também foi a maior queda desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em janeiro de 1980. Os jornais explicam que a deflação se caracteriza pela queda generalizada dos preços durante um determinado período de tempo e, em geral, está associada a uma queda da demanda pelos produtos, seja porque a oferta de bens e serviços cresceu mais do que a procura, seja porque os consumidores ficaram mais retraídos em relação aos gastos.