Equinor, ExxonMobil e Petrogal investirão US$ 8 bi em campo do pré-sal

Rodrigo Polito

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Rodrigo Polito

Publicado

01/Jun/2021 13:04 BRT

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Óleo e Gás

A norueguesa Equinor prevê investir cerca de US$ 8 bilhões no desenvolvimento da primeira fase do campo de Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos. O investimento será feito junto com os sócios no campo: a americana ExxonMobil e a portuguesa Petrogal.

O plano de desenvolvimento do campo foi aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em março deste ano. A expectativa do consórcio é iniciar a produção na região em 2024.

O campo de Bacalhau está situado em duas licenças: o bloco BM-S-8 e a área de Norte de Carcará. O recurso é um reservatório carbonático de alta qualidade, contendo óleo leve com contaminantes mínimos.

Segundo a Equinor, o desenvolvimento consistirá em 19 poços submarinos ligados a uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) localizada no campo. A FPSO terá capacidade de produção de petróleo de 220 mil barris por dia e 2 milhões de barris de armazenamento. O gás natural proveniente da fase 1 de Bacalhau será reinjetado no reservatório.

A Equinor é a operadora, com 40% de participação no campo. A ExxonMobil possui outros 40% e a Petrogal Brasil, os 20% remanescentes. Completa o consórcio a Pré-sal Petróleo (PPSA), estatal que representa os interesses da União nos contratos de partilha de produção.

Petrobras

A Petrobras concluiu ontem a venda da totalidade de sua participação de 51% no parque eólico Mangue Seco 2, de 26 megawatts (MW) de capacidade instalada, no Rio Grande do Norte, para o FIP Pirineus, que já possuía os 49% restantes no empreendimento. O negócio, de R$ 34,2 milhões, marca a saída da petroleira brasileira do mercado de energia eólica.

Segundo a estatal, a operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando á maximização de valor para os seus acionistas

Opep

O preço dos contratos futuros de petróleo tipo Brent superaram o patamar de US$ 71 o barril na manhã desta terça-feira, impulsionados pela expectativa de manutenção do corte de produção na reunião de hoje dos membros da Opep + - grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros grandes produtores, como a Rússia. Pelo lado da demanda, também há estímulo ao aumento do preço, devido à aceleração da vacinação em alguns países e à retomada gradual das atividades das principais economias mundiais.

De acordo com Louise Dickson, analista de mercado da consultoria Rystad Energy, há uma confiança no mercado de que a Opep+ manterá a restrição na oferta de petróleo, na reunião de hoje. Além disso, a recuperação da demanda de petróleo sinaliza estar em andamento em nível global, o que dá um suporte adicional aos preços da commodity.


(foto: Divulgação PPSA)