ONS reúne 122 equipes e 31 jogos na primeira edição do GamethONS

Natália Bezutti

Autor

Natália Bezutti

Publicado

10/Ago/2023 13:00 BRT

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu a 1ª edição do GamethONS, desafio tecnológico direcionado a estudantes e professores do ensino médio de escolas públicas de todo o Brasil. A iniciativa superou as expectativas iniciais da equipe realizadora ao reunir 122 equipes, de 49 cidades e 14 estados no desenvolvimento de jogos online sobre desafios do setor elétrico brasileiro.

O projeto teve duração de seis meses, com as inscrições abertas em 6 de março, e fases de imersão sobre os temas setoriais e desenvolvimento, sendo concluído nesta quarta-feira, 9 de agosto, com a premiação dos três primeiros colocados, além do eleito pelo voto popular, como queridinho do público.

Segundo Marcelo Prais, diretor de Tecnologia da Informação (TI), Relacionamento com Agentes e Assuntos Regulatórios (DTA) do ONS, a surpresa foi além do nível de adesão e sua diversidade geográfica - abrangendo as cinco regiões do país - com 31 jogos entregues e com qualidade de compreensão setorial.

“Nós tivemos um processo de educação e mentoria durante todo o processo, de explicar o que é a estrutura do setor elétrico, de sustentabilidade, e eles conseguiram capturar isso de uma maneira surpreendente. E não só capturar, como incluir esses elementos nos jogos, e em jogos completos, que abrangem o papel do Operador e do setor elétrico como um todo. Realmente incrível”, conta Prais.

A reportagem da MegaWhat confessa que se aventurou por alguns jogos, mas acabou deixando algumas cidades irem “às trevas” por não conseguir cumprir a demanda energética da cidade, enquanto em outra, não teve êxito em ajudar o inventor a recuperar as usinas geradoras.

Os três jogos que ficaram nas primeiras colocações na competição foram: Sustenpata: uma aventura eletrizante, desenvolvido por grupo de Campo Grande (MS) formado por Alexandre Soares da Silva, Marcos Paulo Santos Ferreira de Andrade e Murilo Melgarejo Nazário; Electrical Conductor, criado por grupo de Nova Friburgo (RJ); e Blown Fuse, criado por equipe de Belo Horizonte (MG). 

Cada membro dos grupos nas três primeiras colocações foi premiado com notebook, kit ONS, e um certificado de Menção Honrosa, e um ano de assinatura da Head Energia. Entre as equipes nas dez primeiras posições ainda foi escolhido o jogo A Jornada de Tucson, como vencedor na categoria de "Queridinho do Público", criado por um grupo de Bombinhas (SC), e que recebeu 11,4% dos votos.

“Alguns jogos ficam mais operação do sistema propriamente dita, com alguns elementos de sustentabilidade em função da fonte que está sendo despachada; tem outros que conseguem uma fronteira um pouco maior, que mencionam a ONS, Aneel e EPE; e tem outros que conseguem pegar todas as dimensões que a gente citou”, contou Isabella Marchetti, engenheira da DTA

Com o GamethONS o Operador buscou permitir a aprendizagem de forma lúdica através do uso da tecnologia; despertar o interesse dos alunos pelo tema para que eles possam buscar, já na primeira graduação, alguma área voltada para tecnologia ou para o setor elétrico e auxiliar o ingresso desses jovens no mercado de trabalho, oferecendo oportunidades de estágio curta duração na área de Tecnologia da Informação do Operador. As vagas são para seis meses.

Outro objetivo alcançado com o GamethONS foi capacitar os professores sobre o setor elétrico e tecnologia. “Teve uma série de sessões com os professores para apresentação do setor elétrico, de sustentabilidade de conceitos - que eles aplicaram nos jogos - mas que a gente tem certeza de que vão servir para as turmas futuras”, contou Carlos Alexandre Prado, assessor executivo da DTA.

Adicionalmente, o Operador Nacional conseguiu junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a aprovação formal para a doação de 30 computadores, sendo dez para cada escola das três primeiras colocadas na competição.

“São equipamentos usados pelo ONS, mas que são relativamente novos e que têm bastante uso para a escola de ensino médio, que pode montar um laboratório e aprofundar conceitos”, complementou Marcelo Prais.

Em paralelo outros projetos estão em sendo desenvolvimentos pelo ONS e, em particular, na área de TI e DTA, para engajamento de sustentabilidade e eliminação do analfabetismo digital de empregados terceirizados.

Sobre os próximos passos após a surpresa do engajamento do GamethONS, o diretor do ONS, diz que agora é momento de reflexão, mas que continuará a buscar ações que envolvam os alunos do ensino médio para despertar o interesse por tecnologia, por uma carreira técnica, ou de engenharia.

“São alunos que potencialmente vão fazer o vestibular. Trazê-los para uma carreira dessas pode mudar substancialmente as suas vidas e o engajamento com o setor elétrico. Então, essa é a nossa pegada, esse é o nosso momento”, completou.