Energia Elétrica

O que é: trabalho realizado por cargas elétricas, medido em Wh, por meio de diferenças de potencial elétrico entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre ambos. A eletricidade é uma forma de energia que pode ser imediata e eficientemente transformada em qualquer outra, como a energia térmica e a luminosa, e produzida por diversas fontes, como a hidrelétrica e a termelétrica.

Como funciona: a energia elétrica consiste na existência simultânea e instantânea dos processos de geração e consumo. Esses processos são integrados no espaço e no tempo. Caso isto não ocorra, são necessários outros dois processos: transmissão e distribuição de energia elétrica. Na prática, essa interdependência dos processos faz com que a quantidade de energia gerada seja a praticamente a mesma que aquela consumida (desconsiderando as perdas no processo). Não há sobra física de energia.

Um dos conceitos que explica a estrutura de energia elétrica é o do circuito elétrico. O circuito mais simples consiste de uma fonte de energia ou de potência (por exemplo, um gerador), um receptor e de dois condutores ligando os terminais da fonte ao do receptor.

Quando há um descasamento entre a geração e o consumo, ocorre desbalanceamento nas redes de transmissão e/ou distribuição, que pode ocasionar um blecaute.

Histórico: a história da eletricidade começou no século VI a.C., quando o filósofo grego Tales de Mileto (624 a.C.–558 a.C.) observou o poder do âmbar, uma resina fóssil, de atrair objetos leves, após ser esfregado em pele e lã de animais. O físico e médico inglês William Gilbert (1544-1603) descobriu que outras substâncias podiam atrair objetos, além do âmbar. Anos depois, o cientista inglês Stephen Gray (1666-1736) desenvolveu os conceitos de condutores e isolantes elétricos.

O químico francês Charles Du Fay (1698-1739) realizou experimentos em que constatou a atração e a repulsão de objetos ao serem eletrizados, determinando a existência de dois tipos de cargas elétricas: a vítrea e a resinosa, o que contribuiu para a hipótese de existência de fluidos elétricos. Mas foi por volta de 1750 que essa teoria foi aprimorada, quando o físico americano Benjamin Franklin (1706-1790) identificou as cargas positivas e negativas. Também é notória a experiência realizada por Franklin, que revelou que os raios são descargas elétricas, provocados pela diferença de potencial entre as cargas positivas e negativas existentes entre nuvens e o solo e entre as nuvens.

É bom saber também: a energia elétrica é a principal fonte de luz, calor e força utilizada no mundo. O acesso da população à energia elétrica está diretamente relacionado ao desenvolvimento socioeconômico de um local, seja uma cidade, um estado ou um país.

Não à toa, é um dos componentes contemplados no cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Também por isso, o crescimento do consumo de energia elétrica tem relação direta com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de um país. No entanto, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), ao final de 2017, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo não tinham acesso à energia elétrica.