Matriz Energética

O que é: conjunto das fontes de energia em geral que se encontra disponível em determinado país, região, estado etc, cuja oferta é priorizada em função da disponibilidade de recursos e da viabilidade econômica para a exploração dessas fontes, visualizada na proporção de cada fonte em comparação com o total da oferta.

As fontes de energia podem ser divididas em dois grupos: renováveis, como água, vento e sol, ou fósseis, como petróleo, gás natural, carvão. A maior ou menor proporção de cada uma dessas fontes no total gerado é o que corresponde à matriz energética.

Como funciona: Em geral, a matriz energética é calculada em toneladas equivalentes de petróleo (tep). A apuração e a análise da matriz energética de um país, ou região permite aos respectivos governos tomarem decisões estratégicas, que vão definir políticas públicas, e definirem seus planejamentos energéticos.

Por exemplo, um país que possua uma grande participação do carvão em sua matriz energética pode decidir pela adoção de políticas que incentivem a instalação de projetos de fontes renováveis de energia, para tornar sua matriz energética menos poluente. Ou utilizar a energia eólica para reduzir a dependência do gás natural para a geração de eletricidade. Ou ainda o uso de biocombustíveis para diminuir a dependência de gasolina e óleo diesel.

Histórico: a matriz energética mundial é, historicamente, formada por um percentual expressivo (superior a 85%) de fontes fósseis, como o carvão e o petróleo – no caso do carvão, foi a fonte de energia que deu base à industrialização em grande parte do mundo. O petróleo permitiu o avanço do transporte sobre rodovias e a expansão da indústria automotiva. O petróleo tem peso relevante devido ao uso de derivados (principalmente gasolina e diesel) no setor de transportes.


Com a evolução das tecnologias, surgiram novas fontes de energia, como a hidrelétrica, a eólica, a biomassa e a solar, além dos biocombustíveis e da energia nuclear.

No Brasil, a matriz energética tem participação relevante das fontes renováveis, sobretudo hidreletricidade e produtos da cana-de-açúcar (etanol e biomassa). No caso brasileiro, a matriz energética é considerada por especialistas como bem diversificada, com grande foco em energias renováveis – a geração hídrica corresponde a quase dois terços da eletricidade gerada e o etanol surgiu no rastro da crise do petróleo na década de 1970, sendo utilizado mais largamente por veículos equipados com motores flex desde 2003, quando essa tecnologia se tornou comercial no país.

É bom saber também: em 2017, a matriz energética brasileira era formada por 43% de fontes renováveis. A expectativa, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2027, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), é que esse percentual aumente para 48%, em 2027.

Qual a diferença da matriz elétrica e energética?

A matriz elétrica é formada pelas fontes utilizadas na geração de energia elétrica. Já a matriz energética representa o conjunto de fontes de energia utilizadas para movimentar os carros, preparar a comida no fogão e gerar eletricidade. Dessa forma, podemos concluir que a matriz elétrica é parte da matriz energética. 

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