Bacia do Parnaíba

O que é: é uma das principais bacias sedimentares terrestre do Brasil, com importantes reservatórios de gás natural, ocupando uma área de 666 mil quilômetros quadrados. Distribui-se pelos estados do Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Bahia e Ceará. Apresenta forma elíptica, com eixo de maior elongação orientado para NE–SO com um comprimento de aproximadamente 1.000 km. Os limites da bacia dão-se ao Norte pelas bacias de São Luís e Barreirinhas, a Noroeste com a Fossa de Marajó, e a Sul e a Sudeste por extensões de coberturas de idade pré-cambriana, correlatas à faixa de dobramento Brasília, chamadas “Bacia de São Francisco” e “Bacia dos Lençóis”.

Como funciona: Atualmente a bacia conta com cerca de 60 poços produzindo gás natural distribuídos com cinco campos em fase de produção. No mês de julho de 2018, a produção de gás natural da ordem de 8 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), que são usados para abastecer o Complexo Parnaíba, um dos maiores parques térmicos de geração de energia à gás natural do país, com quase 1,4 GW de capacidade instalada de térmicas a gás natural.  Quando as térmicas estão desligadas, no período de chuvas, a produção de gás cai pra quase 100 mil m³/d.

Histórico: No início na década de 1950, com trabalhos realizados pelo Conselho Nacional do Petróleo (CNP), que resultaram em levantamentos geológicos de superfície e na perfuração de dois poços no Estado do Maranhão.

Com a criação da Petrobras, no período de 1955 a 1966, foram realizados os principais levantamentos geológicos de superfície na bacia, com trabalhos de mapeamento geológico, interpretação fotogeológica, gravimetria, levantamentos localizados de sísmica e a perfuração de 25 poços exploratórios. Durante este esforço, detectaram-se indícios de óleo e gás.

A partir de 1975, retomou os trabalhos através de novas campanhas sísmicas, de aeromagnetometria. No início da década de 80, a Esso e a Anschutz iniciaram uma campanha exploratória na porção central-noroeste da bacia, que teve a sísmica de reflexão como principal ferramenta. Como resultado foram perfurados sete poços exploratórios.

Após a criação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram realizados diversos investimentos na aquisição de dados na Bacia do Parnaíba, incluindo aerolevantamentos de magnetometria e gravimetria, levantamento geoquímico de superfície e a aquisição de 4.226 km lineares de sísmica de reflexão com gravimetria e magnetometria terrestres associadas. Desde então, a Bacia do Parnaíba foi ofertada em quatro rodadas de licitações.