Mercado energético

Demanda por energia deve crescer 2,3% ao ano em dez anos

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Comportamento da carga deve ser mais moderado nos primeiros cinco anos, segundo EPE

O comportamento do consumo final de energia é de um crescimento moderado nos próximos cinco anos, avançando mais elevadamente nos cinco anos seguintes, indicando uma taxa anual média de 2,3% ao ano nos próximos dez anos, de acordo com a minuta do Plano Decenal de Expansão da Energia (PDE 2027), colocada em consulta pública pelo Ministério de Minas e Energia (MME), na semana passada.

De acordo com o PDE 2027, a relação elasticidade renda entre 2017 e 2027 deve ficar em 0,80. Na primeira metade do horizonte, a taxa média de crescimento deve ficar em 2,0% ao ano, passando para 2,6% ao ano no segundo quinquênio.

“Ao longo da década, projeta-se redução gradual da intensidade energética, pela incidência de ganhos de eficiência energética bem como pela mudança na participação dos setores no consumo de energia”, destaca o documento, que receberá contribuições até o próximo dia 27 de novembro.

De acordo com os dados do plano, o consumo de energia em 2027 deve situar-se em torno de 326 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), contra 260 Mtep verificados em 2017. Entre as fontes, a eletricidade terá participação de 20,0% no consumo no final da década, contra os 17,4% verificados em 2017. Já o gás natural, fonte de energia de maior consumo, deve reduzir sua fatia no consumo de energia, passando de 41,0% em 2017 para 39,2% em 2027.

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Entre os destaques do plano, o setor comercial deve ter ganho maior de importância frente a outros segmentos no que se refere ao crescimento da demanda, pois espera-se que seja um dos vetores da expansão da economia brasileira no horizonte do plano. A expectativa é de que o segmento passe de uma participação de 3,2% para 3,7% no consumo de energia.

Indústrias

Já o setor industrial, que atualmente se encontra com alto nível de ociosidade nas unidades produtivas, deve reduzir sua participação no consumo final de energia até 2027 ainda de acordo com a EPE, uma vez que esse indicador cresce “com base na retomada da utilização da capacidade instalada, com necessidade de expansões de capacidade principalmente no segundo quinquênio”.

A perspectiva é de que a participação caia de 33,3% para 32,2% – ainda dividindo com o setor de transportes o protagonismo no consumo nacional de energia. “Em termos de consumo de energia, espera-se que o setor industrial cresça à taxa de 2,0% anuais” estima.

Para as residências, a EPE projeta um aumento anual de 2,1% no consumo de energia nos próximos dez anos, resultado do aumento da renda média das famílias, do número de novos domicílios, das políticas de eficiência energética e da expansão da malha de distribuição de combustíveis. A eletricidade continuará sendo a fonte predominante.

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