A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou a implantação de um projeto-piloto pela Enel Rio para a leitura trimestral em áreas de risco. Segundo a distribuidora, o projeto alcançaria inicialmente 5% dos cerca de 170 mil consumidores localizados nessas áreas.
Para justificar o projeto, a distribuidora ressaltou os problemas de segurança pública do estado do Rio de Janeiro, com o aumento de áreas dominadas por “poderes paralelos”, que dificultam ou impedem o acesso da empresa, e expõe seus funcionários a riscos.
Com o projeto, o número de visitas de leituristas, seria de apenas 4 vezes ao ano, com consequente redução da exposição ao risco dos profissionais. Além disso, alega que os custos seriam reduzidos, já que apenas 3% dos consumidores em área de risco realizam o pagamento de suas faturas, mas não têm a suspensão do fornecimento de energia pela falta de segurança dos funcionários.
Sem entrar no mérito para a realização da leitura em determinados locais, nota técnica da Aneel avaliou que a aplicação do projeto tem pouca eficiência, e poderá provocar o aumento da quantidade de faturamento, considerando a média do histórico de consumo, não refletindo à realidade do consumo e causando desconforto para o consumidor.
A análise também considerou as reclamações registradas contra a distribuidora e o alto nível de reclamações de consumidores relacionadas à autoleitura no âmbito da leitura plurimensal na área de concessão.