SETOR DE ENERGIAMegaleilão e venda da Eletrobras patinam em meio a incertezas Em café da manhã com jornalistas, ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque demonstrou que é preciso mais articulação com outros órgãos do governo para evoluir na preparação do megaleilão do volume excedente de petróleo do contrato da cessão onerosa, firmado com a Petrobras, e na definição do modelo de privatização da Eletrobras a ser adotado pelo novo governo. Sobre a privatização da Eletrobras, o ministro disse que “nenhum modelo está descartado” e que não tem “nenhuma ideia pré-concebida” sobre a previsão de a União ceder em participação a tal ponto de perder a posição de acionista controlador. Ontem, o secretário de Planejamento Energético do ministério, Reive Barros, reforçou a defesa do projeto nuclear. Para ele, a tarifa da usina cairá com a disputa entre investidores interessados no negócio. A reportagem é do Valor Econômico. Ministro quer setor privado na energia nuclear O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, defendeu ontem a possibilidade de empresas privadas produzirem energia nuclear no Brasil. Atualmente, a Constituição determina que apenas a União pode exercer essa atividade no país, mas ele afirmou que o governo tem planos de rever isso no futuro. “Em um país como o nosso, dentro de suas características, a iniciativa privada é fundamental para seu destino. Considero um processo natural no futuro termos no país indústrias que não sejam estatais explorando energia nuclear em todos os segmentos”, disse o ministro. As informações estão no O Globo. Iberdrola quer retomar oferta de ações da controlada Neoenergia Até 2013 a multinacional espanhola Iberdrola, controladora da Neoenergia, pretende investir de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões no Brasil. Cerca de metade dos aportes totais deve se concentrar no segmento de distribuição de energia elétrica e outros R$ 7 bilhões nas linhas de transmissão arrematadas em leilões recentes, segundo José Ignacio Sánchez Galán, CEO e presidente do conselho de administração da empresa. Em entrevista ao Valor Econômico à margem do Fórum Econômico Mundial, em Davos, o empresário disse que o discurso do novo governo brasileiro aos investidores internacionais “soa francamente bem” e afirmou que a Neoenergia “sem dúvida” tem ambições de crescer na área de transmissão. Indiana Sterlite prevê antecipar em dois anos primeiro projeto no país A indiana Sterlite deve entregar seu primeiro projeto de transmissão de energia no Brasil com quase dois anos de antecipação em relação ao prazo estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O desempenho surpreendeu aqueles que questionaram a viabilidade do negócio da companhia, que ficou conhecida pela agressividade dos lances apresentados em leilões desde a chegada no Brasil, há dois anos. “Estamos muito confiantes e felizes sobre o andamento das obras”, afirmou, em entrevista ao Valor Econômico, Pratik Agarwal, presidente global da Sterlite Power. O plano da companhia é investir um total de US$ 4 bilhões na América Latina, sendo que a “maior parte” ficará no Brasil, único país fora da índia em que a empresa tem negócios até o momento. Jirau inunda parque, é punida e protesta Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as operações da hidrelétrica de Jirau podem ser inviabilizadas porque o governo do ex-presidente Michel Temer aprovou, nos últimos dias de governo, a delimitação de uma floresta protegida que, na prática, está localizada nos fundos do reservatório da usina. Temer homologou, em dezembro, um plano de manejo de uma área de 4.047 hectares que, durante quase metade do ano, fica embaixo d’água, por causa do grande volume das vazões do Rio Madeira, em Rondônia, onde está a usina. A decisão publicada pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) desagradou a concessionária Energia Sustentável do Brasil (ESBR), dona da usina. A ESBR alega que se trata de uma imposição absurda, uma vez que o parque só passou a existir, em Rondônia, depois do leilão da usina, realizado em 2008. Em carta enviada ao Ministério de Minas e Energia, ICMBio e Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), a ESBR critica a decisão do governo Temer de não rever a delimitação da área. O ICMBio declarou que está analisando o caso. Consumo de energia tem o 4º recorde consecutivo A carga de energia elétrica no Brasil teve nova máxima ontem, no quarto recorde consecutivo registrado apenas em janeiro, diante das altas temperaturas, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em nota. Puxada pelo calor, que aumenta o uso de aparelhos de ar-condicionado, a carga máxima no sistema interligado do país registrou na tarde desta quarta-feira a marca de 89.114 megawatts, ante 87.489 MW na véspera. Ainda houve novo recorde de carga também no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com pico de 53.143 megawatts nesta quarta-feira, em comparação com recorde anterior de 52.771 megawatts também na terça-feira. Os dados estão no jornal O Estado de S. Paulo e Valor Econômico. A dobradinha de calor e apagão que ninguém merece O jornal O Globo revela que em seis dias, moradores de diferentes bairros do Rio enfrentaram três apagões. De acordo com o Tribunal de Justiça, o número de ações contra a Light – empresa de distribuição de energia na cidade – aumentou 28% de dezembro de 2017 para dezembro de 2018: subiu de 3.623 para 4.640. Para o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, os apagões estão relacionados com o aumento do consumo de energia elétrica por causa do calor. A Light não informou se o consumo de energia aumentou neste verão. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regula o setor informou que, se as distribuidoras não cumprirem os limites de duração e frequência de interrupções no fornecimento de energia, têm de pagar compensações que geram descontos nas faturas dos consumidores. PANORAMA DA MÍDIA Os jornais Folha de S. Paulo e Correio Braziliense destacam que Brasil, EUA e mais 11 países reconheceram Juan Guaidó, 35, como presidente interino da Venezuela em dia de manifestações gigantescas no país, contra e a favor do governo Nicolás Maduro. Jair Bolsonaro, de Davos, lidera grupo de países sul-americanos que exige a saída do chavista. O brasileiro afirmou, em entrevista à Record, que “países mais fortes estão dispostos a outras consequências”. Maduro pediu unidade e disciplina aos militares e anunciou o rompimento das relações com a Casa Branca. No final da tarde, forças de segurança reprimiram os protestos com violência. O Estado de S. Paulo e o Valor Econômico apontam que com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou em Davos, que o governo quer reduzir o Imposto de Renda pago pelas empresas, sobre o lucro, 34%, em média, para 15%. Hoje, as companhias pagam 25% de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e um adicional de 9% referente à Contribuição Social sobre o Lucro líquido (CSLL). A proposta, no entanto, pode enfrentar resistência no Congresso. Profissionais como consultores, economistas, advogados e contadores devem perder com a mudança. O jornal O Globo destaca a fala do presidente Jair Bolsonaro sobre as novas regras para a aposentadoria. De acordo com o presidente, elas são vistas para o país dar certo, sob o risco de a esquerda voltar ao poder e o Brasil virar outra Venezuela. Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, ele disse que a proposta “substancial” de reforma previdenciária que o governo vai enviar ao Congresso exclui os militares, que ficarão para a segunda etapa das mudanças.
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Reportagem da Agência Eixos destaca que, pela primeira vez, os mercados emergentes, sem a China, superam a marca de US$ 100 bilhões em investimentos combinados, com as renováveis respondendo pela maior parcela das adições de capacidade em 2023, conforme mostra o Climatescope elaborado pela BloombergNEF. Lançado ontem (12/11) em Baku, no Azerbaijão, durante a conferência […]