A liquidação financeira das operações do mercado de curto prazo de eletricidade referente a dezembro de 2018 movimentou R$ 880 milhões, de R$ 8,63 bilhões contabilizados em transações dos agentes do setor, segundo informação da Câmara Brasileira de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), publicada pelo portal Terra e outros canais de internet.
O processamento, que promove pagamentos e recebimentos entre as empresas do mercado, ficou com R$ 7,75 bilhões em aberto, sendo que, desse valor, R$ 6,97 bilhões devem-se a liminares que isentam alguns agentes de custos passados com o chamado risco hidrológico na operação de usinas hidrelétricas.
Comercializadoras de energia podem receber Selo Verde
O Canal Energia informa que comercializadoras de energia elétrica poderão receber o Selo Verde a partir deste ano. Concedido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), referente ao Programa de Certificação da Bioeletricidade, o selo é a primeira certificação no Brasil para energia produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar. O projeto conta com o apoio da CCEE e da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). O certificado já é concedido, desde 2015, a usinas produtoras de bioeletricidade, que cumprem quesitos ambientais e de eficiência energética, e também para consumidores de energia no mercado livre.
Para ter direito ao Selo Verde, a comercializadora precisará ser associada à Abraceel e ser agente da CCEE, além de ter adquirido energia elétrica de unidades produtoras com certificado de bioeletricidade. O contrato de aquisição deve estar registrado na CCEE e corresponder a, no mínimo, 0,3 MW médio/ano e com prazo de validade de seis meses.
Governo autoriza comercializadora RR a importar energia da Argentina e Uruguai
A autorização à comercializadora de energia RR, com sede em São Paulo, decorre de portaria do Ministério de Minas e Energia (MME), publicada hoje no Diário Oficial da União. A importação de energia da Argentina deverá ocorrer por meio das estações conversoras de Garabi I e II, em Garruchos (RS), até 2.200 MW de potência e energia associada, e da conversora de Uruguaiana, localizada no município homônimo, também no Rio Grande do Sul, até 50 MW.
Quanto ao Uruguai, a importação deverá ocorrer por meio das Estações de Rivera, até 70 megawatts, na fronteira entre a cidade uruguaia de Rivera e Santana do Livramento (RS), e de Melo, no município uruguaio de Melo, até 500 MW. A energia será destinada ao mercado de curto prazo brasileiro. A autorização terá vigência até 31/12/2022. A notícia foi publicada pelo Canal Energia e outros canais de internet.
MME aumenta atenção sobre suprimento de energia
O Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) do Ministério de Minas e Energia (MME) avaliou ontem (06/02), que as previsões meteorológicas apontam para ocorrências de chuvas nos próximos dias e que está garantido o suprimento de energia elétrica ao país. A informação é do blog Paranoá Energia. Outro ponto avaliado pelo CMSE: apesar da expectativa da melhor condição meteorológica, a quantidade de chuva e os valores de vazão nos principais rios, do ponto de vista de geração de energia hidrelétrica, estão inferiores aos valores médios históricos. Ainda de acordo com o blog, o Comitê vai reduzir o intervalo de suas reuniões para, de posse de dados atualizados em prazos mais curtos, avaliar as condições de atendimento, e, se for necessário, adotar medidas para aumento da disponibilidade de geração após análise dos custos associados.
Geração distribuída: MME publica relatório final de grupo de trabalho
O Ministério de Minas e Energia publicou o relatório final do Grupo de Trabalho (GT) do Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD) lançado em 2015. O Programa tem como objetivo ampliar e aprofundar as ações de estímulo à geração de energia pelos próprios consumidores, com base em fontes renováveis – em especial, a solar fotovoltaica. O estudo foi organizado em cinco temas: financiamento, comercialização, inserção de GD em edificações públicas, impactos regulatórios e impactos técnicos decorrentes da implantação em massa da GD.
A informação foi divulgada no site do MME. Segundo especialistas do Ministério, o relatório é considerado o primeiro passo para o crescimento do setor de forma estruturada e sustentável. O relatório final do ProGD pode ser acessado a partir de um link no site do MME.
Enel inicia construção de parque eólico no Piauí
A Enel Green Power Brasil (EGPB), subsidiária do grupo italiano Enel, em energia renovável, iniciou a construção do parque eólico Lagoa dos Ventos, de 716 MW, no Piauí. O projeto, classificado pela empresa como o maior parque eólico atualmente em construção na América do Sul e o maior parque eólico da Enel Green Power no mundo, deve consumir cerca de R$ 3 bilhões e deve entrar em operação em 2021. Segundo o grupo, o complexo será financiado com recursos próprios. A notícia foi divulgada pelo DCI Online e diversos canais de internet.
Light diz que restabelecimento de energia no Rio pode demorar
As equipes da Light, concessionária de energia elétrica que atende o município do Rio de Janeiro, estão trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia nos locais que tiveram o abastecimento interrompido por causa das fortes chuvas da noite de ontem (06/02). Segundo nota divulgada pela concessionária, “há situações que dependem de operação conjunta, como em caso de queda de árvores, quando o trabalho é feito com a Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana)”. De acordo com matéria publicada pelo site do Jornal do Brasil, a Light registrou interrupções de energia principalmente em trechos na Barra da Tijuca e Recreio, na zona oeste, e nos bairros da Tijuca, Méier e Grajaú, na zona norte (mais informações sobre as chuvas no Rio nesta página, em “Panorama da mídia”).F
PANORAMA DA MIDIA
O temporal de ontem (06/02) no Rio de Janeiro é destaque na imprensa. A notícia foi manchete na edição de hoje do Globo (“Temporal e ventos de 110 km/h trazem caos ao Rio”) e, pela manhã, o portal de notícias do jornal informou que a cidade tinha várias ruas interditadas e problemas no abastecimento de energia elétrica. Seis pessoas morreram: duas em Barra de Guaratiba, uma na Rocinha, uma no Vidigal e duas na Avenida Niemeyer (zona sul), soterradas dentro de um ônibus após deslizamento de terra. Pelo menos 170 árvores caíram, segundo a prefeitura local. Algumas derrubaram a fiação e provocaram apagões.
No início desta tarde, o Corpo de Bombeiros do Rio resgatou, de helicóptero, seis pessoas feridas no alto da favela do Vidigal. Elas estavam inacessíveis por causa de deslizamento de terra e queda de árvores que impediam a chegada de ambulâncias. Entre os resgatados estão uma mulher grávida e uma criança. O portal G1, do Globo, informou que, de acordo com o Corpo de Bombeiros, os resgatados foram levados para o hospital e passam bem. A cidade permanece em estágio de crise, segundo o Centro de Operações Rio (COR), com possibilidade de chuvas moderadas ainda nesta quinta-feira.