A revista IstoÉ Dinheiro traz, na edição que começa a circular sexta-feira (15/02), reportagem de três páginas sobre a revisão do tratado binacional de Itaipu, mais especificamente sobre o anexo C do acordo, que trata de tarifas e demais aspectos financeiros. O tema tem sido pauta na imprensa desde que o Ministério de Minas e Energia (MME) constituiu, no início desta semana, um grupo de trabalho para encaminhar estudos a respeito. A reportagem, no entanto, é mais abrangente. Além do tratado de Itaipu com o Paraguai, a revista aborda o contrato do gasoduto binacional com a Bolívia, e sugere que as duas negociações sobre temas energéticos “darão ao governo Jair Bolsonaro uma oportunidade única de reduzir os preços aos consumidores brasileiros nos próximos anos”.
Vale lembrar que a revisão do anexo C só vence em 2023, mas o governo paraguaio já contratou a consultoria do economista Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia (EUA), para tratar do tema. E, em março, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, deverá fazer uma primeira reunião com Bolsonaro. Na pauta, além do envolvimento dos Estados Unidos na segurança da tríplice fronteira, está a renegociação do tratado de Itaipu.
Sobre o gasoduto binacional com a Bolívia, a reportagem informa que, ainda neste ano, o Brasil terá de renegociar os preços que paga pelo gás boliviano. Firmado em 1999, um dos três contratos entre a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. (TBG) e a Petrobras vence em dezembro, liberando para a contratação até 18,08 milhões de m³ por dia de gás natural. De acordo com a reportagem, o mercado acredita que a Petrobras deixará de ser a única importadora desse insumo. No entanto, com grande volume de gás sendo retirado do pré-sal e com a possibilidade de importar gás natural liquefeito (GNL) via terminais de regaseificação, o Brasil não depende tanto do produto boliviano.
MME aprova EOL da Enerfin como produtor independentet
O Canal Energia informa que o MME acatou a solicitação da empresa Enerfín Enervento Exterior e determinou a operação como produtor independente de energia da central eólica São Fernando 2, localizada em São Bento do Norte (RN). A usina prevê uma capacidade instalada de 69,3 MW distribuída em 21 aerogeradores de 3,3 MW. O período de execução das obras começa em fevereiro de 2023 e tem previsão de término para janeiro de 2024.
Leilão para suprimento de energia em Roraima será realizado em maio
Desde ontem (15/02), o leilão para suprimento de energia a Boa Vista (RO) e localidades conectadas, que deverá ocorrer até 31 de maio, é notícia na imprensa, inclusive em telejornais. Hoje, o portal Monitor Mercantil destaca que serão ofertados dois produtos para a garantia do suprimento de Roraima: potência e energia. Na modalidade de energia, os contratos de suprimento terão duração até 31 de dezembro de 2035. Na modalidade potência, está prevista a contratação de dois subprodutos: gás e/ou renováveis e demais fontes. Para todos os produtos, o início de suprimento de energia elétrica ocorrerá em 28 de junho de 2021.
Roraima é o único estado brasileiro que não integra o Sistema Interligado Nacional (SIN) e depende da energia elétrica fornecida pela Venezuela. Em consequência da crise econômica do país vizinho, são frequentes os apagões de energia no estado, que utiliza termelétricas para garantir o abastecimento da população. O prazo para cadastramento e entrega de documentos de empresas interessadas em participar do leilão será até às 12h de 1º de março.
Fitch reafirma ratings da Alupar com perspectiva estável
A agência de classificação Fitch Ratings reafirmou os ratings de longo prazo em moedas estrangeira e local da Alupar em ‘BB’ e ‘BBB-‘, respectivamente, e seu rating nacional de longo prazo em ‘AAA(bra)’. A perspectiva dos ratings é estável e refletem o baixo risco de seus negócios, associado à combinação de suas operações nos segmentos de transmissão e de geração de energia elétrica, assim como a positiva diversificação da sua base de ativos, que dilui os riscos operacionais. A informação é do Canal Energia.
Economia produzida pelo horário de verão é irrisória
À zero hora de domingo, termina o horário de verão. O Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, aborda a efetividade da medida como instrumento para economia de energia. Apesar de a iniciativa ser adotada há anos, baseada nesse argumento, cada vez mais o seu reflexo para o setor elétrico é questionado. O MME ainda não divulgou a perspectiva sobre a economia de energia elétrica no horário de verão deste ano, e não há previsão para que isso ocorra. O horário de verão vigora em dez estados brasileiros nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal).
PANORAMA DA MÍDIA
Em reunião realizada hoje, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, confirmou que Gustavo Bebianno (PSL-PE), ministro da Secretaria-Geral da Presidência, permanecerá no cargo após crise aberta pelo questionamento de candidaturas-laranja nas eleições de 2018 para recebimento de recursos do fundo partidário. Na ocasião, Bebianno era presidente do PSL e responsável pela distribuição dos recursos. A notícia foi divulgada pelo site do Globo.
O portal destaca que Bebianno, alvo de uma crise amplificada pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), recebeu o apoio de ministros palacianos, militares do governo e parlamentares, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O secretário-geral da Presidência esperava ser recebido pelo presidente, de quem foi coordenador da campanha. Por ora, não há previsão de que o encontro acontecerá.
A nova edição da revista IstoÉ, que começa a circular hoje, traz como matéria de capa o perfil do jornalista Ricardo Boechat, morto nesta semana em acidente de helicóptero. “Boechat se converteu em unanimidade nacional e deixa um legado para novas gerações”, destaca a reportagem.