O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na última sexta-feira (15/02), a venda do controle da Amazonas Energia, distribuidora da Eletrobras, para o consórcio Oliveira Energia/Atem. A Folha de S. Paulo informou que a aquisição havia sido questionada por uma concorrente, sob suspeita de que a venda poderia provocar concentração de mercado, uma vez que as duas empresas que compõem o consórcio já atuavam no segmento de energia na região. O cronograma para a privatização da Amazonas Energia será divulgado em breve, pela Eletrobras.
Barral sinaliza leilões de energia A-4 e A-6 em junho e setembro
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, informou ontem, em sua primeira entrevista coletiva após assumir o cargo, que os leilões A-4 e A-6 de energia nova deverão acontecer em junho e setembro, respectivamente. Segundo ele, a definição sobre os certames deve ser anunciada em março. A demanda ainda precisa ser definida pelas distribuidoras de energia elétrica, mas a EPE trabalha com o cenário de crescimento de 2,3% no PIB, que é um balizador da demanda. O Canal Energia publicou detalhes sobre a entrevista com Barral.
CPFL faz balanço sobre horário de verão em 679 municípios
A CPFL Energia estima que a redução no consumo de energia elétrica durante os 105 dias do horário de verão 2018/2019, que termina a zero hora de amanhã, gerou uma economia de 64,7 mil MWh nos 679 municípios de sua área de concessão nos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. O volume é suficiente para abastecer 27 mil residências por um ano. Entre as distribuidoras do Grupo, a CPFL Paulista foi a concessionária que registrou o maior volume de energia economizada no período – 48.561 MWh. A informação é do canal Ambiente Energia.
PANORAMA DA MÍDIA
A polêmica envolvendo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno (PSL), transformou-se, rapidamente, em grave crise política no centro do poder. Ao longo de todo o dia de ontem (15/02), foram realizadas diversas reuniões em Brasília, na tentativa de pacificar os ânimos e manter o ministro no cargo. Mas após reunião com Bebianno, realizada no início da noite, o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o outrora aliado. A informação foi publicada hoje pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Para relembrar, a crise tornou-se conhecida após a revelação da existência de candidatura-laranja feita por reportagem da Folha, no último domingo (10/02). O PSL, partido do governo, teria criado esse esquema em Pernambuco para desviar verba pública de R$ 400 mil nas eleições de 2018. Na época, Bebianno era presidente do PSL. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), é suspeito de participar de esquema semelhante em Minas Gerais. “Fatos são graves”, diz promotor ouvido pela Folha.
O jornal O Estado de São Paulo também traz a crise do Planalto em destaque, dividindo a primeira página com outra crise: a criada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, para erguer o muro na fronteira com o México. Ontem, Trump discursou nos jardins da Casa Branca, e declarou estado de emergência nacional na fronteira entre os dois países.
As águas turvas de um rio, tomadas pela lama carregada de rejeitos de minério, ilustram matéria do Segundo Caderno do Globo que questiona por que o Brasil repete suas tragédias. Rompimentos de barragens, incêndios, enchentes e mortes. O jornal resume: “por falta de planejamento, desleixo e irresponsabilidade, nossos desastres parecem tão previsíveis quanto inevitáveis”.
O tema da reportagem de capa da revista Veja desta semana é a crise entre Bolsonaro e Bebianno. Título “Veneno no Planalto”. A revista conta o enredo dessa trama em seis páginas, e critica o envolvimento de um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), em assuntos do Planalto.
A revista Época escolheu, para tema da principal matéria da edição desta semana, “A história de Adélio – os novos rumos da investigação sobre o homem que tentou matar Bolsonaro”. A reportagem é extensa. São dez páginas, onde o trabalho de investigação da Polícia Federal é relatado passo a passo. De acordo com a apuração dos jornalistas, “os agendes (da PF) procuram provas de que a defesa de Bispo (Adélio Bispo de Oliveira) possa ter sido paga por integrantes mineiros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)”. Adélio Bispo está preso numa ala do presídio federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.