A Enel Distribuição São Paulo comunicou, por meio de nota, ter enviado os esclarecimentos solicitados pela Fundação Procon-SP sobre os períodos de falta de energia em sua área de concessão, após chuvas e ventos de até 88 km/h na última terça-feira (26/02). Sobre demandas do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a companhia afirma não ter sido notificada.
O Idec, contudo, informou ter notificado a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e a Enel São Paulo sobre as seguidas falhas de distribuição de energia na cidade ocorridas neste ano. O Instituto salienta que a notificação da semana passada foi a terceira em dois meses. A informação foi publicada pelo site da revista IstoÉ.
Segundo a Enel, em decorrência do temporal da semana passada mais de 600 árvores caíram na região metropolitana de São Paulo. “A companhia normalizou o fornecimento de energia para praticamente todos os consumidores que tiveram o serviço afetado por esse temporal. Após 16 horas da tempestade, 56% dos clientes impactados tiveram o fornecimento normalizado”, explica a Enel.
Escassez de novos projetos hidrelétricos leva mercado a se adaptar
Dados recentes da Aneel indicam que 7.220 MW foram colocados em operação até meados de dezembro de 2018. Desse total, 3.608 MW correspondem à energia gerada em hidrelétricas. De acordo com matéria publicada pelo site Brasil Energia, o resultado de 2018 foi a quarta melhor marca num histórico que teve início em 1998 e cujo melhor resultado se deu em 2016, com 9.526 MW.
Ainda de acordo com a matéria, a partir de 2020, se nada mais for contratado, os números referentes a aproveitamentos hidrelétricos irão despencar. Para 2019, estão previstos 3.385 MW e chegam a 1.222 MW em 2020.
A partir dessa descrição de cenário, o site Brasil Energia informa que empresas do setor, como a austríaca Andritz Hydro, especializada na fabricação de equipamentos para projetos hidrelétricos, estão investindo em diversificação, como reformas de velhas usinas, prospecção de oportunidades em outros países e, também, na prestação de serviços para outros segmentos de mercado, incluindo mineração e papel & celulose.
PANORAMA DA MÍDIA
Carnaval e política dão o tom ao noticiário deste sábado (02/03). A manchete da edição de hoje do jornal O Globo – “Rio, samba e temporal” – sintetiza o que viveram os cariocas na primeira noite de desfiles das escolas de samba da Série A. Fortes chuvas inundaram a Passarela do Samba, atrasando em cerca de uma hora a entrada da primeira agremiação. O sistema de drenagem não deu conta do volume da água, que chegou a meio metro de altura da pista. O Sambódromo só foi liberado pela Justiça do Rio de Janeiro pouco antes do início do desfile.
A Folha de S. Paulo traz em destaque duas fotos de carnaval, mas a manchete é sobre o cenário político do país – “Governo age para limitar declarações de Bolsonaro”. A matéria explica que membros das áreas econômica e militar do governo querem que o presidente Jair Bolsonaro se limite a comentar em público apenas aspectos pouco sensíveis da proposta de reforma da Previdência, que deve começar a ser debatida na Câmara Federal após o carnaval. Isso porque, segundo o jornal, declarações do presidente sobre mudanças no projeto original, sobretudo em relação à idade mínima para a aposentadoria da mulher, “irritaram o ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos fiadores da reforma no legislativo”.
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo federal planeja medidas para facilitar a obtenção de crédito por parte das empresas e dar impulso aos investimentos, como incentivo à retomada da economia no país. As medidas estão sendo estudadas pelo Banco Central e o grupo técnico de mercado de capitais do Ministério da Economia.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi autorizado ontem a deixar a Polícia Federal de Curitiba, onde está preso desde abril do ano passado, para acompanhar o velório de seu neto Arthur, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Arthur tinha 7 anos e morreu vítima de meningite. A autorização judicial para a saída de Lula foi dada com base na Lei de Execução Penal. A informação foi publicada na primeira página dos principais jornais do país.