Os transtornos causados aos paulistanos pela falta de energia elétrica, frequentemente por longos períodos, é um dos temas da seção Notas & Informações na edição deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo. No espaço reservado ao editorial e aos artigos em que o jornal expressa a sua opinião, o tom é de crítica aos serviços prestados pela concessionária Enel, responsável pela distribuição de energia em São Paulo.
O jornal informa que o grande número de reclamações e o tempo que a concessionária leva para restabelecer o fornecimento de energia, que dura muitas vezes mais de três dias, levaram o Ministério Público do Estado (MPE), por meio da Promotoria de Justiça do Consumidor, a abrir um inquérito para apurar a qualidade do serviço prestado pela Enel, empresa que adquiriu o controle (70%) da Eletropaulo no ano passado. Pelas mesmas razões, a empresa já havia sido notificada pelo Procon de São Paulo e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.
A Promotoria deu 15 dias para a Enel prestar esclarecimentos sobre as causas das interrupções e sua longa duração, assim como sobre o atendimento prestado aos consumidores. Para o jornal, “as explicações dadas pela Enel em nota não convencem, porque os esforços que sem dúvida tem feito para enfrentar a situação ficam muito aquém do necessário, como provam o aumento das reclamações dos consumidores e o tempo que demora para providenciar os consertos”. Entre os problemas relacionados nesse artigo, o Estado cita a falta de manutenção das árvores que caem sobre a fiação elétrica e a própria fiação aérea, que “numa cidade do porte de São Paulo é uma aberração que não pode continuar”.
PANORAMA DA MÍDIA
A Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal, completa cinco anos hoje (17/03). Para lembrar a data, a Folha de S. Paulo traz matéria de capa com balanço do trabalho realizado e a informação de que o poder econômico das empresas atingidas pela operação ajudou donos e ex-funcionários que decidiram colaborar com a Justiça a atenuar o rigor das penas definidas para seus crimes nos acordos de delação premiada negociados com o Ministério Público.
De acordo com a reportagem, em diversos casos, delatores conseguiram alívio ao pagar multas acima dos valores exigidos. A Folha examinou processos iniciados no Paraná, sede da operação, e no Rio de Janeiro, e encontrou informações detalhadas sobre cem colaboradores, incluindo a íntegra dos termos que descrevem os regimes de cumprimento das penas e a forma de pagamento das multas. A Procuradoria da República no Paraná contabiliza 183 acordos assinados desde o início da Lava-Jato. Outros 35 foram fechados no Rio de Janeiro.
Como a classe C está reagindo ao lento processo de recuperação da economia brasileira? O jornal O Estado de S. Paulo traz reportagem sobre o tema em sua edição deste domingo, informando que, embora ainda não tenham recuperado tudo o que perderam durante o período em que a economia recuou 8%, as famílias da classe C estão otimistas com as perspectivas de melhoria e pretendem voltar a comprar bens de maior valor agregado, como eletrodomésticos e materiais de construção. Ainda de acordo com a reportagem, a classe C brasileira, chamada “nova classe média”, cresceu de 2017 para 1028, passando de 50% para 51% da população, com mais de 2 milhões de pessoas.
O jornal O Globo dá destaque às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido há um ano no Rio de Janeiro, que levou à prisão, na semana passada, de dois acusados de participação no crime. De acordo com a reportagem, investigadores da polícia carioca suspeitam que um informante, dentro da Câmara Municipal do Rio, passou aos assassinos detalhes sobre a agenda da vereadora antes da execução.
A visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, onde irá se encontrar com o presidente Donald Trump, é a principal matéria da edição deste domingo do Correio Braziliense. O presidente e sua equipe embarcam hoje para a sua primeira viagem bilateral de caráter oficial.
