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Trombada com a realidade – MegaExpresso – edição das 10h

O jornal O Estado de S. Paulo analisa, em sua página de editoriais, Notas & Informações, o congelamento de R$ 29,79 bilhões de gastos federais previstos no Orçamento da União, determinado ontem pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Na mesma ocasião, o ministro anunciou também a piora de suas projeções para 2019, com crescimento estimado para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2,20% – a previsão anterior era de 2,50%.

O jornal ressalta que “a decisão envolve o reconhecimento de dois problemas interligados – uma situação econômica dramática e um quadro de muita incerteza política para o governo. Além de reduzir o crescimento econômico esperado, o Ministério da Economia diminuiu a receita prevista e elevou a previsão da despesa. Houve um corte de R$ 29,74 bilhões na receita projetada. Esse valor é a soma de três possíveis frustrações – R$ 11,16 bilhões de arrecadação tributária, R$ 6,73 bilhões de recolhimento previdenciário e R$ 11,85 bilhões de recursos não administrados pela Receita Federal. Do outro lado das contas, houve elevação de R$ 3,61 bilhões nas despesas primárias obrigatórias.”

Outros dois fatores foram mencionados pelo Estado: a queda de preços do petróleo, que “tornou aconselhável podar R$ 11,61 bilhões do volume de royalties previstos” e a incerteza quanto à privatização da Eletrobras. “Também por prudência foram retirados R$ 12,20 bilhões classificados como receita de privatização da Eletrobras. O valor poderá ser novamente incluído se houver mais segurança quanto à privatização.”

PANORAMA DA MÍDIA

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A tensão política em Brasília e seus desdobramentos, com impacto na tramitação da proposta de reforma da Previdência no Congresso é o tema de destaque nos jornais deste sábado (23/03).

A Folha de S. Paulo mostra como a Bolsa brasileira, o dólar e outros indicadores financeiros têm reagido. O dólar disparou mais de 2% ontem e ultrapassou a marca de R$ 3,90 pela primeira vez neste governo. A Bolsa fechou em 93 mil pontos, depois de ter encostado nos 100 mil pontos no começo da semana, resultado festejado pelo mercado. As ações das estatais Petrobras e Banco do Brasil perderam mais de 5% de valor apenas nesta sexta-feira. Os indicadores apontam a desconfiança dos investidores com o necessário equilíbrio das contas do governo.

Os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo trazem matérias sobre o desentendimento entre o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e setores do bolsonarismo, que levou Maia a ameaçar deixar a articulação política para a aprovação da reforma da Previdência na Casa, na quinta-feira. Ontem, em entrevista ao Globo, o presidente da Câmara prometeu comandar a votação, mas reclamou dos ataques que vem sofrendo nas redes sociais bolsonaristas. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, que mantém ativa participação no Twitter, está entre esses críticos.

“Nas últimas semanas, foi se construindo uma imagem de que o Parlamento estava atrás de cargos, que ia pressionar o governo. Isso é muito ruim para a relação entre Legislativo e Executivo. É importante que as coisas fiquem muito claras: se o governo vai tratar de cargos, que seja direto com os partidos — e cada um vai dizer se esta é sua agenda. A Presidência da Câmara não pode estar envolvida nesse tipo de articulação. O Executivo fica no seu campo, o Legislativo, no seu, e eu comando a votação”, disse Rodrigo Maia.

Ao Estado de S. Paulo, o presidente da Câmara disse que o governo não tem projeto para o país além da reforma das aposentadorias. No entanto, Maia assegurou a continuidade do trabalho de articulação das reformas no Legislativo. Fez, porém, várias críticas e afirmou que o presidente precisa deixar o Twitter de lado, além da “disputa do mal contra o bem”, e se empenhar para melhorar a vida da população.

O Correio Braziliense destaca a chegada do criminoso Marcola a Brasília. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, telefonou para o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, para pedir ajuda.

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