O jornal O Globo defende, em editorial da edição deste domingo (07/04), que os governos estaduais transformem o momento de crise fiscal em que vivem em oportunidade para privatizar suas estatais.
O jornal argumenta que os governadores sempre resistiram a vender seus ativos pela possibilidade de uso político que eles representam. Como exemplo, o editorial cita antigos bancos estaduais (Banespa e Banerj) e distribuidoras de energia elétrica.
De acordo com o Observatório de Estatais, da Fundação Getulio Vargas, em levantamento feito para o Globo, são ao todo 240 companhias publicas, 30% das quais (mais de 70) nos estados que já se declararam em calamidade financeira. No âmbito federal são 150.
“O conjunto de estados assumidamente quebrados tem um razoável número de empresas públicas e de economia mista para vender e levantar recursos: Rio (25), Rio Grande do Sul (13), Goiás (10), Rio Grande do Norte (8), Mato Grosso (6) e Roraima (3)” – informa o jornal.
PANORAMA DA MÍDIA
Devido à crise econômica do país, 3,41 milhões de brasileiros já acumulam mais de um trabalho. Em dois anos, o número de pessoas com pelo menos duas ocupações cresceu em um milhão, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – a Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o tema da principal reportagem do jornal O Globo em sua edição de hoje (07/04).
O jornal O Estado de S. Paulo informa que, apesar da falta de articulação política, o apoio à reforma da Previdência cresce na Câmara, mas a maioria dos parlamentares defende ajustes ao texto original.
Levantamento feito pelo Estado aponta que 198 deputados votariam hoje a favor do projeto. No entanto, apenas 69 deles afirmam que dariam sim à reforma com o mesmo teor que foi enviado ao Congresso e 129 condicionaram a aprovação a ajustes. Para serem aprovadas, as novas regras de aposentadoria precisam do aval de três quintos da Câmara (308 votos) e do Senado (49 votos), em dois turnos.
Os destaques da Folha de S. Paulo e do Correio Braziliense são os 100 primeiros dias do governo do presidente Jair Bolsonaro, a serem completados na próxima quarta-feira (10/04). Além da matéria principal, a Folha traz artigos e reportagens sobre o tema dos 100 dias. Levantamento feito pelo instituto de pesquisa Datafolha indica que 30% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo. Mas 59% ainda acreditam que ele fará uma gestão ótima ou boa.
O Correio Braziliense informa que, segundo levantamento feito pelo jornal, a partir das primeiras ações do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros — além de entrevistas com especialistas, políticos e professores — “as controvérsias produzidas pelos próprios aliados criaram dificuldades para o Executivo. Ao todo, no período, os principais atores governistas tiveram que voltar a atenção para 28 crises que se desenrolaram por 40 dias, consumindo tempo e energia, que poderiam ser direcionados a projetos mais urgentes”.