A agência de notícias Reuters e outros canais de internet, como o portal DCI, destacam que a liquidação financeira das operações do mercado de curto prazo de energia, referente a março, movimentou R$ 1,91 bilhão, de um total de R$ 9,6 bilhões em transações contabilizadas, informou hoje a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A operação, que promove pagamentos e recebimentos entre empresas que atuam no mercado de eletricidade, tem registrado elevados valores não pagos desde 2015, em meio a diversas liminares obtidas por agentes para evitar custos com o chamado risco hidrológico na operação de suas usinas. De acordo com a CCEE, dos R$ 7,7 bilhões não quitados na liquidação de março, R$ 7,12 bilhões devem-se às liminares sobre o risco hidrológico, enquanto R$ 570 milhões ficaram em aberto por outros motivos não detalhados.
A riqueza que vem do sol
Com investimentos privados bilionários, a energia solar é vista como a grande fonte da matriz energética brasileira a partir de 2040. Este tema, que vem sendo abordado com regularidade pela mídia, é pauta para uma ampla reportagem na nova edição da revista Exame.
A matéria foi desenvolvida a partir de histórias de moradores do município de Assú, no Rio Grande do Norte, que arrendaram suas terras para geração de energia solar por meio do projeto Solaris. A empresa responsável é a companhia goiana Pacto Energia, que atua nas áreas de transmissão, geração e comercialização de energia elétrica. O Solaris deve estar operando no final de 2023 e vai gerar 1,3 gigawatt, o suficiente para abastecer mais de 1 milhão de residências.
De acordo com a reportagem, a Pacto Energia já arrendou 22 mil hectares nos últimos quatro anos, no Nordeste, região que tem um dos maiores índices de incidência solar do mundo. A área, que inclui terrenos em Pernambuco, Ceará e Piauí, permitiria instalações com 6 gigawatts de potência.
Para os projetos saírem do papel, no entanto, é preciso antes ter a garantia de que alguém comprará a energia, seja no mercado livre, seja no regulado, que tem contratos de prazo maior e engloba as concessionárias. Em 2019, o governo já marcou dois leilões para contratar novos lotes de energia. Há outros dois certames agendados para 2020.
Um estudo realizado pela consultoria americana Bloomberg New Energy Finance, citado pela reportagem, estima que o Brasil deverá dobrar a capacidade de energia renovável instalada até 2040 para 316 gigawatts. Do total, 36% da eletricidade viria do sol, e isso exigiria investimentos de US$ 97 bilhões.
A matéria da Exame cita, também, projetos do segmento de energia solar distribuída e o custo para a instalação de painéis solares em residências e pequenos comércios. A recuperação do investimento se dá, dependendo da região, de 30 a 63 meses, segundo o índice criado pela comercializadora Comerc Energia.
Termelétrica a carvão da Engie inicia operação em teste no RS
A agência de notícias Reuters e o portal DCI informam que a termelétrica a carvão Pampa Sul, da Engie Brasil Energia, recebeu autorização para iniciar as operações em fase de testes de sua primeira unidade geradora, com capacidade de 345 megawatts. Despacho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesse sentido, foi publicado hoje (09/05) no Diário Oficial da União.
O projeto da companhia, controlada pela francesa Engie, terá uma potência instalada total de 690 megawatts, com duas unidades geradoras. O empreendimento está instalado em Candiota, no Rio Grande do Sul.
Shell planeja ampliar presença no Brasil para além do petróleo
O Valor Econômico traz hoje (09/05) uma entrevista exclusiva com o presidente global da Shell, Ben van Buerden, em que ele fala sobre planos de investir, ao ano, cerca de US$ 2 bilhões em suas atividades no Brasil, até 2025. Ele afirma que a companhia pode aumentar esse montante para aproveitar novas oportunidades de aquisições nos três leilões de óleo e gás.
O executivo ressalta que a ofensiva da empresa no país não se concentrará apenas no setor petrolífero e que o plano de expansão da multinacional anglo-holandesa também passa pelo gás natural, biocombustíveis e energia solar. A entrada no refino, por sua vez, está descartada.
A empresa espera crescer na geração de energia nas próximas décadas, “e o Brasil tem fantásticas oportunidades nisso, em energia solar, eólica, mas também em geração térmica a gás natural”, afirmou Ben van Beurden. Ele informou, ainda, que a Shell criou uma comercializadora de energia no país e também mantém uma equipe dedicada a buscar oportunidades de investimentos em energia solar.
PANORAMA DA MÍDIA
A comissão especial encarregada de analisar a medida provisória que estruturou o governo do presidente Jair Bolsonaro no início do ano aprovou, na manhã desta quinta-feira (09/05), a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para a pasta da Economia. Dos 25 parlamentares que votaram, 14 apoiaram a medida, que ainda deve passar pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado antes de entrar em vigor. A notícia é destaque, na tarde desta quinta-feira, nos principais portais de internet, como o UOL/Folha de S. Paulo, e nos sites do Globo e Valor Econômico.
No início da tarde, o ex-presidente Michel Temer deixou sua casa, em São Paulo, para se apresentar à Superintendência da Polícia Federal. Ontem à noite, ele havia prometido se entregar voluntariamente, mas aguardava a expedição do mandado de prisão. A Justiça deu prazo para que ele se entregasse até às 17 horas de hoje. Nesse processo, Temer e outras sete pessoas são investigadas por desvio de dinheiro público nas obras da Usina de Angra 3, no Rio de Janeiro. As informações são do portal Globo.