Proposta que entraria em audiência pública em maio, considera modelo australiano, com teto horário e mensal
Junto com a entrada em vigor do preço horário em janeiro de 2020, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quer colocar em vigor uma nova metodologia de limites do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), com audiência pública em julho. Uma proposta já começa a circular no setor, elaborada pela PSR Consultoria, durante workshop realizado pela Aneel nesta quarta-feira (15/05). A ideia é similar ao modelo australiano e conta com dois tetos; um horário e um mensal, fixado pela agência.
Segundo o presidente da PSR Consultoria, Luiz Augusto Barroso, o preço horário teria um teto também horário, mas a partir de um determinado período, caso o preço de curto prazo não recue do teto, entraria em vigor o preço mensal. Na Austrália, segundo ele, o preço teto horário gira na casa dos US$ 10 mil. Depois de 336 contabilizações (que acontecem a cada meia hora), o preço teto que passa a valer é o mensal, de US$ 300.
Ele explica que a ideia é que o teto horário indique o sinal de preço para que o agente possa dar a resposta da demanda, mas se ela não ocorrer, o preço teto mensal, mais baixo, seria acionado como um gatilho, preservando os agentes expostos ao indicador. Barroso ressaltou, porém, que a Austrália trabalha com oferta de preço e que essa proposta depende de avaliação por causa das particularidades do sistema elétrico nacional.