Com o objetivo de integrar o debate sobre o processo de transição energética no Brasil, com foco na abertura do mercado de gás natural, foi criada nesta semana, na Câmara dos Deputados, a frente parlamentar para o desenvolvimento sustentável do petróleo e energias renováveis.
O lançamento oficial da frente parlamentar será na próxima quarta-feira (22/05), em solenidade na Câmara, para a qual são esperados executivos e representantes de associações do setor de energia. A criação da frente contou com a assinatura de mais de 200 deputados e senadores.
“O setor de energia tem uma relevância enorme para a economia do Brasil e vem sendo sub-representado no Congresso. Essa relação é desproporcional, e queremos discutir tendo a visão integrada do todo, olhando para as áreas de petróleo, gás natural, solar, eólica e não dos segmentos isolados”, afirma o deputado Christino Áureo (PP-RJ), autor na iniciativa. As informações são do site Brasil Energia.
O papel essencial das distribuidoras de energia
O jornal O Estado de S. Paulo publicou hoje (18/05), na coluna Opinião, da editoria de Economia, um artigo sobre o papel das distribuidoras de energia elétrica, gás natural e combustíveis no atendimento aos consumidores.
Assinado por Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o artigo discute aspectos como os riscos do negócio, qualidade dos serviços prestados, regulação dos mercados e preços.
“A despeito do julgamento se as tarifas e os preços estão justos, é essencial mostrar o papel que as distribuidoras cumprem no país e entender que é importante garantir retornos condizentes com os riscos do negócio e evitar populismos e artificialismos, pois distribuidoras saudáveis significam setores saudáveis”, argumenta o autor.
Para ele, “prometer reduções de preços ou tarifas antes de um diagnóstico preciso pode sair caro, como no episódio da Medida Provisória 579/12 para o setor elétrico, um caso clássico de que o barato sai caro. Infelizmente, quem paga essa conta é sempre o consumidor, mas a culpa não pode ser atribuída às distribuidoras”
PANORAMA DA MÍDIA
Um grupo de deputados liderados por partidos do chamado Centrão está articulando uma proposta alternativa ao projeto de reforma da Previdência encaminhado ao Congresso pelo governo. Este é o destaque de hoje (18/05) dos jornais O Estado de S. Paulo, Correio Braziliense e O Globo. O motivo seria o descontentamento com a articulação política do governo.
De acordo com a reportagem do Estado de S. Paulo, a decisão foi tomada na quinta-feira (16/05) em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e, segundo o presidente da Comissão Especial que analisa a reforma, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), a iniciativa tem conotação política. “Este é um governo que desconsidera completamente o Parlamento”, disse ele. Para Ramos, apresentar um substitutivo ao projeto original é a única chance de as novas regras da aposentadoria serem aprovadas.
O Correio Braziliense destaca que, com a apresentação de um substitutivo à proposta das aposentadorias, o Congresso pretende assumir o protagonismo da reforma, mas a ideia é garantir a economia de R$ 1 trilhão em dez anos e não mexer no cronograma de tramitação da proposta.
A reportagem do Globo vai na mesma linha e enfatiza a dificuldade do governo em dialogar com o Congresso Nacional. Na Câmara, líderes defendem abertamente que o processo de reformas necessárias para o país retomar o crescimento seja liderado pelo Legislativo. O jornal explica que, desde a redemocratização do país, o Executivo sempre foi o protagonista da pauta econômica. Agora, abre-se a possibilidade de que o Parlamento lidere este debate. E os sinais disso são visíveis nas reformas tributária e da Previdência.
O destaque da edição deste sábado da Folha de S. Paulo é a tensão criada no cenário político nacional a partir de um texto anônimo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. “Bolsonaro endossa texto sobre país ingovernável e instabilidade cresce”, diz a manchete do jornal.
A reportagem explica que “a mensagem, distribuída pelo presidente em grupos de WhatsApp dos quais faz parte e atribuída por ele a um autor desconhecido, diz que o mandatário estaria impedido de atuar por não concordar com os interesses das corporações”. O texto anônimo não explica quais corporações seriam essas. O pano de fundo, segundo o jornal, seriam a falta de diálogo do governo com o Congresso e as suspeitas que atingem um de seus filhos, Flávio Bolsonaro.