A Petrobras questionou ontem (23/05) dados do Sindigás (sindicato que representa as distribuidoras de gás de botijão) sobre preços do gás de cozinha vendido no país. Na véspera, o Sindigás havia afirmado que a estatal vem vendendo o gás destinado a botijões de 13 quilos, o mais utilizado pelas famílias brasileiras, a valores superiores aos internacionais desde novembro, quando realizou reajuste de 8,5% no preço do produto. A Petrobras nega.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a polêmica evidencia divergências sobre a melhor referência de preços do GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha) para o mercado brasileiro. Enquanto a Petrobras precifica o produto pelo mercado europeu, a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) e distribuidoras usam o parâmetro americano.
Em nota enviada à Folha, a Petrobras informa que a política de preços praticada pela companhia considera a média das cotações no mercado europeu, acrescida de margem de 5%. Além disso, diz a nota, o conceito de paridade de importação inclui o frete e custos de internação do produto. “O frete marítimo, no caso do GLP, corresponde a uma parcela relevante do PPI (preço de paridade de importação).”
Governo anuncia redução de prazo para licenças ambientais de PCHs
O presidente Jair Bolsonaro reafirmou ontem (23/05) que o prazo para liberação de licenças ambientais para a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) deve ser reduzido para até 90 dias. Atualmente, são necessários anos até a liberação das licenças. A promessa já havia sido feita anteriormente pelo presidente e foi reafirmada ontem, no Paraná, onde Bolsonaro participaria da inauguração da Usina Baixo Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, mas foi impedido pelo mau tempo na região.
A usina conta com três grupos geradores que somam 350,2 megawatts (MW) de potência instalada, o suficiente para atender a cerca de 1 milhão de pessoas. A Companhia Paranaense de Energia (Copel) detém 30% do investimento, e o Grupo Neoenergia, 70%. A reportagem é da Folha de S. Paulo.
Energia solar fica mais vantajosa em Porto Alegre
O Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, traz uma reportagem, em sua edição de hoje (24/05), sobre a implantação de sistemas fotovoltaicos em Porto Alegre. A reportagem destaca que a evolução desse mercado e o amadurecimento da cadeia de fornecedores reduziram o tempo de payback (retorno de investimento devido ao que se deixa de pagar para a concessionária de energia) para os projetos dessa natureza na capital gaúcha.
A matéria cita o levantamento feito pelo Índice Comerc Solar, que calcula o tempo médio de retorno para um sistema fotovoltaico em uma residência na capital gaúcha em 3,5 anos. Em 2018, era de 4,7 anos. Em comércios e pequenas indústrias, o prazo passou de 7,6 anos para 5,6 anos. Atualmente, Porto Alegre ocupa a 16ª posição no ranking das capitais quanto aos melhores paybacks de sistemas solares para residências. O Rio de Janeiro lidera, com um retorno estimado em 2,7 anos.
Testes ainda definirão alta da mistura de biodiesel
O ministro de Minas Energia, Bento Albuquerque, anunciou na quarta-feira (22/05), que os testes para a implementação da mistura obrigatória de 11% de biodiesel no diesel fóssil no país deverão ser concluídos em julho.
O Valor Econômico traz, hoje, uma reportagem sobre o tema e informa que, segundo o cronograma do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o B11 está previsto para entrar em vigor em junho. Mas os resultados negativos obtidos por testes feitos nos últimos meses levou a indústria automobilística a recomendar que o aumento da mistura fosse adiado.
De acordo com a reportagem, o atraso incomodou os produtores de biodiesel, que ficarão com maior ociosidade caso o novo percentual não seja adotado no prazo previsto. Agora, a expectativa das empresas do segmento é que o B11 seja oficializado em julho, mas há quem diga que o incremento poderá ficar para setembro.
PANORAMA DA MÍDIA
Dados do governo federal em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que 56% dos servidores estaduais do país poderão se aposentar antes dos demais trabalhadores. São as aposentadorias especiais para professores, bombeiros e policiais.
Este é o tema da principal reportagem do jornal O Globo nesta sexta-feira (24/05). A equipe econômica do governo alerta para o risco de agravamento da crise fiscal nos estados, caso fiquem de fora da reforma da Previdência. A reportagem destaca que um dos argumentos usados pela equipe econômica para defender mudanças em aposentadorias especiais dessas categorias de servidores públicos é o peso que esses profissionais terão sobre a folha dos estados nos próximos anos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria (seis votos) para enquadrar a homofobia e a transfobia na lei dos crimes de racismo até que o Congresso Nacional aprove lei específica sobre o tema. Este é o destaque de hoje dos jornais Folha de S. Paulo e Correio Braziliense. A Folha explica que o julgamento, que havia começado em fevereiro, foi retomado ontem (23/05).
O Estado de S. Paulo informa que no novo programa Minha Casa Minha Vida, que deve ser anunciado pelo governo no início de julho, os beneficiários mais pobres terão de alugar imóveis do governo por um valor simbólico em vez de pleitearem um financiamento para aquisição da casa própria. O jornal explica que essa é uma das mudanças que estão sendo pensadas para o principal programa de habitação do país.
Já o Valor Econômico traz uma matéria sobre o processo que corre na Justiça francesa envolvendo a holding Rallye, que controla o Casino, dono do Grupo Pão de Açúcar (GPA) e, indiretamente, da Via Varejo. A holding obteve ontem (23/05) na Justiça a aprovação de um plano de proteção contra credores. A medida, semelhante à recuperação judicial brasileira, vai durar seis meses, durante os quais a Rallye tentará montar um plano de reestruturação de suas dívidas.