A agência de notícias Reuters publicou matéria sobre o resultado do leilão de energia elétrica realizado hoje (31/05) pela manhã, pelo governo federal, para atender o fornecimento a Roraima, único estado brasileiro que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). No certame foi contratada uma potência nominal de 293,8 megawatts (MW), provenientes de nove empreendimentos.
O consumo de energia elétrica de Roraima tem sido atendido exclusivamente pelas termelétricas a diesel instaladas na região, desde que as importações de energia da Venezuela foram interrompidas, em 7 de março, em decorrência da crise econômica e política do país vizinho.
Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pelo certame de hoje, os vencedores do leilão, que deverão iniciar o suprimento a partir de 28 de junho de 2021, são as elétricas Eneva e Oliveira Energia, além de BBF, Enerplan e Uniagro. Ao todo, nove empreendimentos se habilitaram para fornecer energia para Roraima e outras localidades conectadas.
A Eneva, empresa de energia que atua nos setores de geração, comercialização e logística de energia elétrica, vendeu no certame a produção futura da termelétrica Jaguatirica II, que usará gás do campo de Azulão, com cerca de 126 MW em potência nominal. A Oliveira Energia viabilizou o projeto Monte Cristo, a óleo diesel, de 42 MW. A BBF comercializou a produção de projetos que combinam biocombustível com biomassa e com radiação solar, com 17,6 MW e 56 MW, respectivamente. Já a Uniagro deverá implementar quatro projetos de biomassa com cavaco de madeira, cada um com 10 MW, enquanto a Enerplan também construirá uma usina de biocombustível e energia solar, de 11,5 MW.
O Valor Investe, site de investimentos do Valor Econômico, também deu destaque ao resultado do leilão e informou que o certame movimentou R$ 1,62 bilhão em investimentos.
Mercado livre e aumento da demanda impulsionam novos projetos eólicos
A perspectiva de crescimento da demanda industrial e a maior migração de consumidores para o mercado livre de energia impulsionam a fonte eólica no Brasil, destaca matéria do portal DCI. Em 2018, o segmento teve incremento de 14,6% na geração.
De acordo com empresários entrevistados pela reportagem, caso a economia cresça acima do esperado nos próximos anos, será necessário expandir a capacidade de geração de energia do país. A construção de hidrelétricas de grande porte é vista como inviável, em razão dos custos, prazo de construção e impactos ambientais. Nesse cenário, cresce a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira.
Ceará anuncia novo Atlas Solar e Eólico com o potencial de geração do estado
O site Ambiente Energia informa que o Ceará irá lançar, em breve, o seu primeiro atlas híbrido de energia solar e eólica. O estudo traz uma análise integrada dos recursos e potencial de geração do estado abrangendo áreas do litoral e do interior cearense.
De acordo com a reportagem, o novo atlas é uma demanda da Câmara Setorial de Energias Renováveis da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) e será um ponto de partida para a atração de novos investimentos para o estado.
“Os estudos já estão prontos, estamos finalizando a compilação dos dados e as ferramentas de tecnologia da informação (TI), que irão auxiliar no acesso dos investidores às informações. Com o atlas, nós teremos condições de mostrar onde temos os melhores ventos e as melhores condições de radiação solar. Inclusive com apontamentos ligados a questões ambientais”, explica o presidente da Adece, Eduardo Neves.
Atualmente, o Ceará tem 79 projetos eólicos em operação (2GW), cinco projetos em construção não iniciada (115MW) e 83 projetos cadastrados na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), totalizando 2,2 GW. A energia solar no estado está com quatro projetos em operação (137 MW), 14 em construção (390 MW), 110 projetos solares totalizando 3,7 GW e 1722 unidades com geração distribuída, em um total de 36,6 MW.
Petrobras tem aval do Cade para vender campo à Potiguar E&P
A Petrobras obteve hoje (31/05) o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para vender à Potiguar E&P o Campo do Polo Riacho da Forquilha, na bacia terrestre de Potiguar, a cerca de 300 quilômetros de Natal (RN). O parecer do Cade foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.
A operação faz parte do plano de expansão da Potiguar, controlada pelo Grupo Petro Recôncavo, que atua nos mercados de exploração e produção de petróleo e gás onshore, com participação em 17 campos na bacia do Recôncavo, na Bahia. A notícia foi divulgada pela agência Reuters e diversos canais de internet.
PANORAMA DA MÍDIA
A nova edição da revista Veja, que começa a circular hoje (31/05), traz o presidente Jair Bolsonaro na capa. A revista publica uma entrevista exclusiva com o presidente, sobre os cinco primeiros meses de governo. Foram cinco horas de entrevista, em que Bolsonaro falou sobre a necessidade de reformas, a da Previdência em primeiro lugar, a seguir a tributária e as privatizações. Ele falou também sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje preso em Curitiba por corrupção e lavagem e dinheiro. Comentou as escolhas feitas para a composição do atual ministério, as polêmicas envolvendo seus filhos e a amizade com Fabrício Queiroz, investigado por movimentações financeiras suspeitas.
A reportagem de capa da revista Época é sobre os rumos da cultura no governo Bolsonaro. Foram entrevistados produtores e artistas, que veem as mudanças feitas em financiamento e patrocínio como ataques gratuitos do governo ao setor. A alteração às regras da Lei de Incentivo à Cultura, a lei Rouanet, em abril, chocou o mercado cultural. O novo teto para a captação de recursos para projetos culturais é de R$ 1 milhão. Anteriormente, o teto era de R$ 60 milhões. A reportagem ressalta que em audiência pública, o ministro Osmar Terra, da Cidadania, pasta na qual foi alocada a Secretaria Especial da Cultura, justificou o teto mais baixo afirmando que mais de 90% dos projetos captam menos de R$ 1 milhão.
‘Os patriotas no poder’ é o título da matéria de capa da revista IstoÉ. Em destaque, uma síntese da reportagem: ‘Em meio à crise no país, uma série de figuras da República estão dando lições de desapego e afinco para mudar a situação. Dentro do Congresso, do Governo e da Justiça, eles existem e estão fazendo a diferença. Saiba quem são e como atuam’.
Já a IstoÉ Dinheiro preparou uma matéria sobre os fundos públicos de aposentadoria. A reportagem investigou ‘um esquema de fraudes que se espalhou pelo país e ameaça os recursos de ao menos 320 cidades. A perda potencial é estimada em R$ 10 bilhões e será bancada por servidores e por todos os contribuintes’.
A revista Carta Capital traz em destaque uma reportagem crítica à atuação dos militares do governo federal.
