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Nova onda liberal – MegaExpresso – edição das 10h

Em seu artigo de hoje (09/08) para o Estado de S. Paulo, a jornalista Eliane Cantanhêde analisa a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da venda de ativos (subsidiárias e controladas) de empresas estatais sem licitação e sem consulta ao Congresso.

Na opinião da jornalista, a decisão do Supremo indica uma tendência liberal da Casa, no campo econômico. Segundo ela, uma tendência que “começou no governo Collor, avançou com FHC e, com ressalvas, foi mantida por Lula. A fase mais intervencionista e filosoficamente estatizante foi a de Dilma, com suas canetadas gerando desconfiança sobre o cumprimento de contratos e a independência das empresas”.

Cantanhêde ressalta que “as privatizações e concessões à iniciativa privada são um dos pilares da política econômica do ministro Paulo Guedes”. A jornalista destaca, também, a atuação pessoal do ministro nesse caso. “Guedes entrou em campo, deu aulas sobre o que estava em julgamento e, afinal, os ministros, mesmo não sendo economistas, conhecem as leis e estão antenados com a dinâmica do mundo e do Brasil. Não há mais como ignorar o inchaço do Estado e que a máquina, a burocracia, a folha e as aposentadorias devoram os recursos”.

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Sem controle sobre a pauta da Câmara dos Deputados, o governo abriu mão de orientar o voto de seus aliados em 31% das votações realizadas nos primeiros cinco meses de mandato do presidente Jair Bolsonaro. A alta “taxa de omissão”, recorde nesse período desde a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), indica que, praticamente, uma em cada três propostas em tramitação não era de interesse do Palácio do Planalto – ou que o líder do governo preferiu não se manifestar por haver risco de derrota.

As informações sobre como o governo orienta seus aliados – tema da principal reportagem de hoje (09/06) do jornal O Estado de S. Paulo – foram extraídas da base de dados que alimenta o ‘Basômetro’, ferramenta do Estado que mede o governismo de deputados e partidos. O ‘Basômetro’ tem registro do que aconteceu no plenário da Câmara nos últimos 16 anos: 844 mil votos dados por 1.811 deputados em 2.427 votações.

A Folha de S. Paulo traz uma reportagem sobre a igreja Universal do Reino de Deus, que responde a ações judiciais movidas por ex-pastores. De acordo com a apuração do jornal, os religiosos afirmam que foram forçados ou pressionados pela instituição a fazer vasectomia. A prática, segundo eles contam, garante o ingresso, a permanência ou a ascensão nos quadros da igreja.

Sem filhos, os ex-pastores dizem que teriam mais disponibilidade para mudar de cidade a mando da igreja, uma vez que a instituição custeia a família dos religiosos. A Universal nega que imponha a vasectomia, diz que saiu vencedora de processos ajuizados contra a igreja e afirma que estimula o planejamento familiar dos casais. A reportagem informa que os processos são movidos na Justiça do Trabalho, na qual a Universal já foi condenada em primeira e segunda instâncias em diferentes casos. Há, ainda, uma condenação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O destaque do jornal O Globo é sobre a qualidade dos serviços prestados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro. A reportagem contrapõe a saúde financeira da empresa – lucro histórico de R$ 832 milhões, em 2018, quase o triplo do ano anterior – à gestão, que “passa por problemas e os serviços prestados vão de mal a pior”.

O jornal apurou que o total de reclamações em aberto, ainda não solucionadas, mais do que quadruplicou em menos de um ano. Em junho de 2018, as queixas chegavam a 7.136. Em abril deste ano, explodiram para 30.783. O balcão do Procon é outro termômetro da insatisfação dos consumidores, que em 2018 tiveram que arcar com um aumento na conta de 12,3%: de janeiro a maio, foram 467 queixas, número que supera todos os 439 registros do ano passado.

O Correio Braziliense informa que a reforma da Previdência, tal como está proposta, atinge 97% dos servidores públicos do Distrito Federal, que passarão a pagar alíquotas mais caras caso o Congresso aprove o texto. Apenas 2,6% dos funcionários ganham menos de R$ 2 mil e não serão afetados.

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