MegaExpresso

Argentina e Uruguai: 11 horas sem luz – MegaExpresso – edição das 7h

Mais de 47 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica durante toda a manhã e início da tarde de ontem (16/06), em praticamente toda a Argentina, todo o Uruguai e áreas do Paraguai. Em média, o apagão durou cerca de 11 horas. Segundo as empresas de energia e o governo argentino, houve falha numa rede interligada.

Os jornais Valor Econômico, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo trazem, hoje, reportagens a respeito. O Valor informa que o apagão ocorreu no início da manhã em consequência de uma falha na linha de alta tensão que sai de Yacretá, uma antiga usina hidrelétrica binacional construída no rio Paraná, entre Argentina e Paraguai. Essa falha provocou a desativação automática das usinas hidrelétricas.   

Em entrevista à imprensa da Argentina, ontem à tarde, o secretário de energia, Gustavo Lopetegui, disse que o governo desconhece as causas que provocaram o apagão que afetou todo o país. Segundo ele, a investigação do problema que ele considerou “muito grave” levará de dez a 15 dias. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), o Brasil não foi afetado.

O grande leilão

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

A Folha de S. Paulo traz hoje (17/06) editorial sobre o leilão de petróleo do pré-sal, marcado para 6 de novembro, com arrecadação estimada em R$ 106,6 bilhões. Serão ofertadas quatro áreas: Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, localizadas na Bacia de Santos. Os contratos seguirão o modelo de partilha, pelo qual a União recebe um percentual do óleo extraído.

Diz o editorial: “Quando se considera, além da titularidade direta desse montante de petróleo a ser definida no certame de novembro, os bônus de assinatura e os impostos a serem arrecadados com a produção, a União fica com a maior parte do valor econômico do pré-sal. Não procede, portanto, a tese de que se está a entregar petróleo de graça a agentes privados”

O editorial ressalta o caminho percorrido desde a alteração da legislação, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, para flexibilizar a exclusividade da Petrobras como operadora da exploração do pré-sal. E conclui: “ao longo dos próximos anos, a abertura do mercado poderá viabilizar um montante inédito de investimentos e colocar o Brasil em destaque entre os grandes produtores mundiais”.

Subsídios aos combustíveis crescem

O governo federal concedeu R$ 85 bilhões em subsídios em 2018 para auxiliar os produtores de petróleo, carvão mineral e gás natural no país, assim como garantir aos consumidores um preço menor na aquisição desses produtos. Este é o resultado do estudo “Subsídios aos Combustíveis Fósseis no Brasil em 2018: Conhecer, Avaliar, Reformar”, lançado pelo (Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc ).

A informação foi publicada hoje (17/06) pelo DCI – Diário do Comércio, Indústria e Serviços. O jornal explica que, para chegar a essa cifra, a organização somou todo o dinheiro que deixou de entrar nos cofres públicos – devido aos inúmeros regimes especiais de tributação e programas de isenção de impostos –, mais os recursos oriundos do Orçamento da União para incentivar a atividade.

PANORAMA DA MÍDIA

A saída do economista Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é a manchete de hoje (17/06) dos principais jornais do país. No sábado, o presidente Jair Bolsonaro disse que demitiria Levy caso ele não revertesse a nomeação de Marcos Barbosa Pinto para a diretoria de mercado de capitais do banco. Motivo: Barbosa Pinto havia trabalhado no governo do PT. Ambos, Levy e Barbosa Pinto, pediram demissão no fim de semana.

O Valor Econômico ressalta que, embora parte da equipe econômica já demonstrasse insatisfação com a gestão de Levy, a ação de Bolsonaro pode ser vista também como uma ingerência direta na área econômica, atropelando o ministro Paulo Guedes. Ainda segundo o Valor, ao escolher o novo presidente do BNDES, o governo terá de definir o que pretende fazer com o banco e seu papel no desenvolvimento do país, que perdeu importância nos últimos três anos – os financiamentos anuais caíram de R$ 180 bilhões para R$ 70 bilhões.

O Estado de S. Paulo destaca que a saída de Levy abre espaço para a reformulação no papel do BNDES pela equipe econômica, que já pensa em concentrar a gestão das privatizações na instituição. O jornal O Globo também reforça a ideia de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, busca um nome com experiência no setor privado para substituir Levy, e que tenha perfil para implementar o plano de concentrar no banco as privatizações da área de infraestrutura. A Folha de S. Paulo analisa as criticas da equipe econômica em relação à gestão de Levy e contrapõe os argumentos com explicações obtidas junto a diversas áreas do BNDES.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.