PLD médio sobe 59% em todos os submercados – MegaExpresso – edição das 10h

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou ontem (19/06) que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para a quarta semana de junho (22 a 28 de junho de 2019) foi fixado em R$ 124,92/MWh para todos os submercados.

Em matéria publicada em seu site, a CCEE explicou que a elevação do PLD, em torno de 59%, é decorrente da redução das afluências estimadas para junho de 2019. As afluências deste mês devem ficar em torno de 103% da média de longo termo (MLT) para o sistema, estando acima da média apenas no submercado Sul, com 164% da MLT. Na região Sudeste, a expectativa é de 95%, no Nordeste, 54% e, na região Norte, 89% da MLT.

A carga prevista para a próxima semana do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ficar em torno de 220 MW médios mais baixa em relação à previsão anterior, com redução apenas na região Sul. As informações foram publicadas também pelo site Paranoá Energia.

TRF autoriza obra de linhão sobre terra indígena em Roraima

A Folha de S. Paulo informa que, por dois votos a um, a 5ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, decidiu ontem à noite (19/06) manter a obra de construção da linha de transmissão de energia elétrica que o governo federal pretende erguer entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR).

O projeto do Linhão de Tucuruí, como é conhecida a linha de transmissão, terá pouco mais de 700 km, dos quais 123 km cruzam a terra indígena Waimiri-Atroari, localizada entre os dois estados. Com a decisão, a 5ª Turma do TRF derrubou a decisão de primeira instância do Amazonas que determinava que os indígenas fossem consultados de forma “prévia, livre e informada” sobre o empreendimento. De acordo com a reportagem, como não houve unanimidade no julgamento, o processo segue para novo julgamento em uma turma ampliada. A decisão de ontem poderá ser revista.

Acionistas aprovam privatização da CEB Distribuição

O conselho de administração da Companhia Energética de Brasília (CEB) aprovou ontem (19/06), em assembleia geral, a privatização da CEB Distribuição, braço da companhia responsável pelo fornecimento de energia elétrica no Distrito Federal. A proposta analisada pelo conselho prevê a venda de 51% das ações da empresa, sendo que os outros 49% continuarão com o governo do Distrito Federal. A CEB informou que a próxima etapa do processo é a realização de estudos e o modelamento para a alienação das ações. A notícia foi publicada pelo portal G1, entre outros veículos de comunicação.

PANORAMA DA MÍDIA

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, passou oito horas e meia, ontem (19/06), respondendo aos questionamentos dos senadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa sobre supostas mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, que sugerem atuação conjunta com os procuradores da Lava Jato quando ele era juiz federal. Pela primeira vez, disse não ter “nenhum apego ao cargo” e admitiu a possibilidade de deixar o governo caso seja constatada ilegalidade. Esta é a abertura da principal matéria publicada nesta quinta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O pronunciamento do ministro na CCJ também foi o destaque de hoje nos principais jornais do país. Entre as falas de Moro na sessão de ontem, a Folha de S. Paulo citou: “É normal no Brasil esses contatos entre juiz, advogado e Ministério Público ou policiais. O que tem que ser avaliado é o conteúdo destes contatos.” Para o Correio Braziliense, “Moro passa no teste após nove horas de sabatina”.

O jornal O Globo publicou a análise dos colunistas do jornal sobre a audiência com o ministro da Justiça. Para o jornalista Merval Pereira, “assim como existem juristas que acreditam que houve exacerbação do papel do juiz (nos diálogos com procuradores), ferindo a imparcialidade, outros consideram normais os contatos e os comentários”. Para a jornalista Míriam Leitão, “as conversas do ex-juiz Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol mostram uma cooperação que não deve haver entre o julgador e acusador, mas o que está sendo revelado não reduz a relevância da operação Lava-Jato”.

O Valor Econômico, que não circula na versão impressão em feriados, destaca, em seu site, que o Ibovespa – índice da bolsa brasileira – fechou ontem em 100 mil pontos, em reação à possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos. “O Ibovespa encerrou em alta de 0,90%, aos 100.303 pontos, novo recorde de fechamento”, informa o Valor.