O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ontem (26/06) que o governo vê como prioridade o licenciamento para a implementação de 536 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no país. De acordo com estudo realizado pela associação que representa o setor, o processo de emissão de licença costuma levar quase uma década. Nesse sentido, o pronunciamento do ministro animou o setor.
Para o presidente da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch), Paulo Arbex, os benefícios do destravamento de projetos de PCHs vão além da questão energética. “Serão mais de R$ 70 bilhões em investimentos e mais de 500 mil empregos criados”, afirmou Arbex.
Em entrevista publicada pelo site Petronotícias, o presidente da Abrapch enfatizou o fato de a tecnologia de construção desses empreendimentos ser 100% nacional, além do aspecto sustentável da fonte de energia. “É a forma mais limpa, barata e eficiente de se produzir energia elétrica”, afirmou. Arbex falou, também, sobre a contratação da fonte nos leilões. “Os governos passados contrataram, na média, 130 MW/ano 1,9% do total. Para se ter uma ideia, o país contratou 26% de térmicas. É o Brasil na contramão da descarbonização.”
Siemens tem aval do Cade para comprar 20% da empresa de baterias MicroPower-Comerc
A agência de notícias Reuters informa que o grupo alemão de engenharia Siemens recebeu hoje (27/06) o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para comprar 20% da empresa de armazenamento de energia elétrica em baterias MicroPower-Comerc, controlada pela comercializadora de eletricidade Comerc Energia e pela companhia norte-americana MicroPower.
De acordo com a reportagem, o acordo entre as empresas ainda prevê que elas poderão ser sócias em projetos específicos a serem desenvolvidos pela MicroPower-Comerc, que ficaria com 51% de participação e a Siemens, com 49%.
As atividades da MicroPower-Comerc envolvem arrendamento e locação de sistemas para armazenamento de energia elétrica em baterias a serem instaladas nas unidades de clientes comerciais e industriais e em plantas de geração de energia. A matéria da Reuters foi reproduzida por diversos canais de internet, entre eles o portal UOL.
Painéis solares reduzem gastos com energia e a emissão de gases de efeito estufa
O jornal Valor Econômico traz hoje (27/06) um caderno especial sobre shopping centers, em que uma das matérias aborda a crescente adesão dessas empresas à energia solar como forma de reduzir custos para os lojistas, além dos ganhos ambientais. Como exemplos, a reportagem cita o ParkShopping Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, e o ParkShopping Canoa, no Rio Grande do Sul, entre outros.
Na opinião de entrevistados pelo Valor, a produção de energia dá uma nova utilidade aos telhados. “Trata-se de um espaço grande, algumas vezes aproveitado como estacionamento, mas quase sempre perdido sem qualquer uso”, afirma o consultor Marcel Coelho, sócio da Volt Engenharia, empresa que tem projetado sistemas solares em shopping centers com impacto na redução do custo energético entre 40% e 50%.
Comercializadora da Copel é autorizada a importar energia da Argentina e do Uruguai
O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou hoje (27/06) a unidade de comercialização de energia elétrica da Companhia Paranaense de Energia (Copel) a importar eletricidade da Argentina e do Uruguai. A autorização é válida até 31 de dezembro de 2022 e as importações não deverão afetar a segurança do sistema elétrico brasileiro, segundo critérios do Operador Nacional do Sistema (ONS). A informação foi divulgada pela agência Reuters.
‘Brasduto’ contraria abertura, afirma ministro
A Câmara dos Deputados aprovou ontem (27/06) um projeto que, segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, vai na contramão da proposta do Novo Mercado de Gás. O texto, que inicialmente visava resolver o passivo bilionário das hidrelétricas com o risco hidrológico (GSF), incluiu emenda para usar dinheiro do pré-sal no financiamento da construção de gasodutos, o chamado “Brasduto”. O projeto prevê, também, a nova distribuição dos recursos obtidos com a exploração do petróleo.
Albuquerque disse que o ministério não concorda com a proposta de financiamento dos gasodutos e que o governo pretende que as empresas emitam debêntures incentivadas. Há expectativa, entre os deputados, que o texto seja vetado. Houve, contudo, apoio de quase todos os partidos, com exceção de PSL, Novo, PSOL e PDT, que foram contra o uso de 20% dos recursos da exploração do pré-sal, que seriam destinados à educação e saúde, para construção dos gasodutos. A reportagem é do Valor Econômico.
PANORAMA DA MÍDIA
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje (27/06) que não assinará nenhum acordo comercial com o Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro saia do acordo do clima de Paris. O pronunciamento de Macron, feito a jornalistas no Japão, antes do encontro do G-20, que começa amanhã, coloca em risco as negociações comerciais entre União Europeia e Mercosul.
“Estamos pedindo que nossos produtores parem de usar pesticidas, estamos pedindo que nossas companhias produzam menos carbono, e isso tem um custo de competitividade”, disse o presidente francês. “Então não vamos dizer de um dia para o outro que deixaremos entrar bens de países que não respeitam nada disso”, acrescentou. As negociações entre União Europeia e Mercosul podem dar origem a um dos maiores acordos de livre-comércio já concluídos. As informações foram publicadas pelo site da Folha de S. Paulo e portal UOL.