O portal de notícias UOL destaca que a energia eólica entrou com força no Brasil nos últimos anos e o país chegou até à oitava colocação do ranking mundial de capacidade instalada, que cresceu 15 vezes na última década. A reportagem informa que o país passou de 1 GW de capacidade instalada em 2010 para 15,1 GW neste ano, distribuídas em 600 parques eólicos em 12 estados, segundo os últimos dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). A energia eólica ganhou espaço e atualmente representa 9,2% da matriz energética nacional, atrás apenas das usinas hidrelétricas, que têm 60,3%.
Portaria do MME para debêntures do setor de biocombustível gera fila de empresas interessadas
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a aprovação da portaria no Ministério de Minas e Energia (MME), permitindo que empresas da cadeia do biocombustível captem recursos por meio das debêntures de infraestrutura, já criou fila de interessados nos bancos de investimento e em escritórios de advocacia. De acordo com a reportagem, pelo menos 10 empresas da cadeia de açúcar e etanol já estariam cotando esses profissionais para conduzir os trabalhos. A permissão é relevante para o setor, que basicamente se financia no mercado de capitais via Certificado de Recebível do Agronegócio (CRA).
Elétricas atraem dividendos e perspectivas de mais privatizações
Empresas de energia elétrica estão no centro das atenções dos investidores, por conta das ofertas de ações já realizadas e previstas para os próximos dias. A abertura de capital da Neoenergia e a oferta de títulos da Light apresentaram boa demanda e demonstram a confiança no setor. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, os dividendos e a perspectiva de privatizações de estatais federais e estaduais reforçam o otimismo.
A corretora Nova Futura Investimentos, citada pelo jornal, aponta a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Engie, maior companhia privada de geração de energia elétrica no país, como as preferidas no setor, e está otimista para o segundo semestre. Para Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, a Eletrobras é a melhor alternativa no segmento, por cauda da possibilidade de capitalização e privatização.
PANORAMA DA MÍDIA
O cantor e compositor João Gilberto (1931-2019) estava com a saúde debilitada havia alguns anos, mas a sua partida, ontem (06/07), aos 88 anos, no Rio de Janeiro, foi uma surpresa para os que o admiravam e que encontraram no seu jeito especial de tocar violão e cantar baixinho, quase sussurrando, uma fonte de inspiração artística. Inspiração para gerações. Os jornais de hoje trazem depoimentos de cantores sobre a influência que o baiano de Juazeiro, João Gilberto, exerceu sobre suas próprias carreiras.
“O apagar da velha chama” – verso da canção Corcovado, de Tom Jobim – é a manchete deste domingo do jornal O Globo. Em destaque, uma frase do cantor e compositor Caetano Veloso: “É o maior artista brasileiro de todos”. O Globo dedicou cinco páginas para contar a história desse artista brasileiro. O Estado de S. Paulo também preparou uma reportagem especial de quatro páginas sobre o cantor e informa que João viveu os últimos anos recluso, em seu apartamento no Rio.
A batida do violão, tida como intimista e característica de João Gilberto, surgiu do desejo do artista de criar algo novo para o velho samba. Dizia ele que a intenção era imitar, com o toque da mão direita sobre as cordas, o som ritmado do tamborim. Conhecido como ‘pai da bossa nova’, João Gilberto construiu uma carreira respeitada mundialmente e é considerado gênio por críticos musicais.
No fim dos anos 1950 e ao longo da década de 1960, ele fez parte de um grupo único e especialíssimo de artistas como Tom Jobim, parceiro em tantos sucessos, Vinícius de Moraes. Carlos Lyra, Roberto Menescal e tantos outros, cujos nomes e cuja arte enriqueceram a cultura brasileira. Vinícius (letra) e Jobim (música) são os autores de Chega de Saudade, um dos símbolos da bossa nova, gravada por João em 1958 e cantada ainda hoje. Esse disco marcou o primeiro de muitos sucessos da carreira do cantor.
Em uma das matérias e análises publicadas hoje sobre a vida e a obra de João Gilberto, a Folha de S. Paulo destaca a seguinte frase do artista, em entrevista de 1959, dada a uma revista da época, especializada em música e rádio: “Apenas procuro cantar sem prejudicar o sentido poético e musical das composições. É assim como tirar os excessos, seguir o curso natural das coisas, dar as notas de um jeito tal que não prejudique o sentido da poesia, frisar aquelas palavras que têm a força poética. (…) Procuro que a voz saia idêntica à nota musical, brandamente, com naturalidade, sem esforço artificial”.