O Valor Econômico informa que a Petrobras vai receber hoje (07/08) as propostas pela venda da Liquigás, mas ao menos um proponente que havia sido selecionado pela estatal para a fase vinculante ficará fora da disputa. A gestora de private equity Advent decidiu não entregar proposta nesta quarta-feira. A gestora árabe Mubadala e a brasileira Itaúsa, em sociedade com a Copagaz, no entanto, continuam interessadas na compra da distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP) e são consideradas as favoritas para a reta final.
Oposição pede impeachment do presidente do Paraguai por causa de Itaipu
O jornal O Estado de S. Paulo destaca que, apesar de Brasil e Paraguai terem cancelado, na semana passada, o acordo sobre a venda da energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu, um grupo de 32 deputados da oposição ao governo paraguaio protocolou ontem (06/08) o pedido de impeachment contra o presidente Mario Abdo Benítez, o vice-presidente Hugo Velázquez e o ministro da Fazenda, Benigno López.
O acordo, assinado em maio, previa mudança das regras tarifárias da venda, ao Brasil, da energia excedente (não consumida) do lado paraguaio, com impacto negativo aos cofres públicos do país vizinho. Os termos do documento permaneceram em sigilo até o fim de julho. Quando foram divulgados, provocaram uma crise política, com forte repercussão na opinião pública paraguaia. O objetivo do cancelamento do documento era evitar o pedido de impeachment que acabou sendo formalizado ontem, mesmo não havendo votos suficientes para a aprovação.
Sem faturamento, Itaipu aguarda um novo acordo
O Valor Econômico também traz, hoje (07/08), matéria sobre o impasse que permanece em relação ao acordo para a contratação anual de energia de Itaipu e para a repartição, entre Brasil e Paraguai, do excedente produzido pela usina. A reportagem explica que, enquanto o impasse não for resolvido, a Itaipu Binacional, empresa dona da hidrelétrica, não pode emitir faturas de energia da usina.
Segundo informações da Itaipu Binacional, as estatais Eletrobras e a Administración Nacional de Electricidad (Ande), do Paraguai, retomaram as negociações. “A expectativa é que se chegue a um acordo em um mês, considerando a urgência, pois a Itaipu está sem faturamento”, informou a empresa, em nota ao Valor Econômico. Sem o acordo, Itaipu não consegue honrar seus compromissos financeiros, como pagamento de royalties, folha de pagamento e a própria dívida de construção. De acordo com reportagem publicada pelo Valor na última semana, Itaipu Binacional já deixou de receber neste ano US$ 54,9 milhões em razão da falta de acordo entre os dois países, sobre o contrato de potência.
ANP aprova maior percentual de mistura de biodiesel ao óleo diesel
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou ontem (06/08) o aumento da mistura do biodiesel de 10% para 11% no óleo diesel, a partir de 1º de setembro. O despacho da ANP fixa o percentual de adição de até 15%, em volume, de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final, sendo que o percentual mínimo passará dos atuais 10% para 11%.
Com a elevação, de 10% para 11%, do teor mínimo de biodiesel na mistura com o diesel mineral, a ANP procederá às devidas alterações no edital do 68º leilão de biodiesel, adiando sua realização para o dia 12 deste mês. As informações foram publicadas hoje por jornais e canais de internet, como o site da revista Veja.
Siemens tem interesse em energia e transportes
O Valor Econômico volta, hoje (07/08), à pauta da aquisição, pelo grupo alemão de engenharia Siemens, de 20% da Micropower-Comerc, empresa de armazenamento de baterias. O foco da nova reportagem é o interesse da Siemens em investir em projetos de infraestrutura, energia elétrica e óleo e gás no Brasil até 2022. Segundo o presidente global da companhia, Joe Kaeser, o grupo tem mais de R$ 2,5 bilhões reservados para esse fim.
O executivo, que está em visita ao país nesta semana, afirma que sua principal expectativa é conhecer os empreendimentos de infraestrutura planejados pelo governo federal. Esse mapa de oportunidades, diz ele, será determinante para a definição de investimentos da companhia.
PANORAMA DA MÍDIA
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (07/08), em segundo turno, o texto-base da proposta de reforma da Previdência. Foram 370 votos a favor e 124 contra – o mínimo necessário para a aprovação era de 308 apoios. O placar é menor que o do primeiro turno, quando o texto-base teve apoio de 379 deputados. Serão votados ainda os chamados “destaques”, alterações de pontos específicos da proposta. Isso deve ocorrer na tarde de hoje. Após a análise dos destaques, a votação da proposta será concluída na Câmara e o texto seguirá para o Senado. Este é o principal destaque de hoje dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo.
O Estado de S. Paulo informa que o setor do agronegócio pressiona o governo para mudar a retórica ambiental. De acordo com a reportagem, o discurso adotado pelo governo Jair Bolsonaro de minimizar dados sobre aumento de desmatamento, de flexibilizar regras sobre áreas de preservação e os frequentes embates com outros países relacionados ao tema ambiental causam apreensão e têm sido classificados como prejudiciais pelo agronegócio. O incômodo se tornou explícito após publicações estrangeiras, como a revista britânica The Economist, criticarem a atual política ambiental do Brasil.
O Valor Econômico destaca que a segunda maior empresa sucroalcooleira do país, a Atvos, do grupo Odebrecht, pediu à Justiça corte de 46% no valor de sua dívida com bancos e fornecedores. Os débitos totais somam R$ 15 bilhões, mas R$ 3,9 bilhões são devidos a empresas do próprio grupo.