Nos últimos cinco anos, a produção brasileira de petróleo cresceu 14%, e a de gás, 30%. Mas o volume de gás que chega ao mercado avançou apenas 3%, já que parcela cada vez maior da produção tem sido reinjetada nos poços ou queimada nas plataformas. Este é o foco de matéria publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo.
No primeiro semestre de 2019, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), apenas 62% do gás produzido no país chegou ao mercado. É o menor volume desde 2006, quando o ministério passou a divulgar os dados.
De acordo com a reportagem, esse cenário entrou no radar de autoridades, no momento em que o governo trabalha para desenvolver o mercado do gás e reduzir o preço pago pelos consumidores. “A prioridade é o petróleo, mas devemos esgotar as possibilidades de produção de gás também”, diz o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Dédo Oddone.
Na semana passada, Oddone disse que a ANP vai estudar maneiras para ampliar a oferta de gás, restringindo a reinjeção. Segundo ele, as restrições podem ser impostas durante processo de aprovação dos planos de investimentos.
PANORAMA DA MÍDIA
Pesquisa realizada pelo Data Folha, nos dias 29 e 30 de agosto, indica que, para 75% dos brasileiros, o interesse internacional na Amazônia é legítimo e a floresta está correndo riscos. A gestão do presidente Jair Bolsonaro, no combate ao desmatamento e queimadas, por sua vez, é vista como ruim ou péssima, por 51%. Este é o destaque da edição de hoje (01/09) da Folha de S. Paulo. O Data Folha ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos, em 175 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O jornal O Globo informa que o governo federal planeja reformular o programa Bolsa Família, criado há 15 anos, com o objetivo de ampliar o número de pessoas atendidas. Para viabilizar recursos aos programas sociais de transferência de renda, a equipe econômica encomendou um estudo ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com a reportagem, o estudo propõe cortes em benefícios voltados para os brasileiros de maior renda, como o abono salarial e deduções no Imposto de Renda, como contrapartida à ampliação da cobertura do Bolsa Família, que hoje atinge 13,8 milhões de famílias, e à criação de um benefício universal para crianças e adolescentes.
O jornal O Estado de S. Paulo pautou como principal destaque para a edição deste domingo, uma matéria sobre a configuração política que está em curso, desenhada por um grupo de políticos, economistas e representantes de movimentos de renovação. De acordo com a reportagem, o grupo organizou um discurso e ações para a construção de uma alternativa de centro no persistente cenário polarizado da política nacional. A defesa de uma agenda liberal na economia e, ao mesmo tempo, progressista na área social vem sendo reiterada por nomes como o economista e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e líderes políticos como o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung (sem partido), o presidente do Cidadania, Roberto Freire, e o apresentador Luciano Huck.