Os estoques totais de etanol no país atingiram 7,11 bilhões de litros no último dia 15 de agosto, segundo o Ministério da Agricultura. O volume é 19,3% menor que os 8,81 bilhões de litros de igual data do ano passado. Já a reserva de hidratado, utilizado para abastecer os veículos, recuou 21,6% na mesma base de comparação, de 5,67 bilhões para 4,44 bilhões de litros.
O jornal O Estado de S. Paulo informa que, enquanto os estoques baixam, o consumo do hidratado dispara. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), as vendas das distribuidoras aos postos cresceram 30,2% entre janeiro e julho deste ano ante igual período de 2018, para 12,6 bilhões de litros. Em julho, a alta foi 15,6% em relação a igual mês de 2018, para 1,86 bilhão de litros de hidratado.
Regulação de volta à berlinda com Bolsonaro
O Valor Econômico publicou hoje (02/09) uma matéria sobre o modelo de regulação existente no país e as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. A reportagem destaca o afastamento do presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Christian de Castro, e a intenção já manifestada por Bolsonaro de interferir na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e em outras agências reguladoras.
O jornal ouviu estudiosos do tema, entre eles a diretora do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da FGV (FGV-CERI), professora Joisa Dutra. Ela observa que governos petistas também fizeram questionamentos semelhantes aos de Bolsonaro, o que comprovaria a força do modelo das agências reguladoras, e não seu enfraquecimento: “O Ministério da Economia, por exemplo, tem demonstrado uma compreensão muito clara do papel das agências, assim com o Ministério de Minas e Energia.” As agendas desses ministérios, enfatiza, estão ligadas ao marco regulatório do gás natural e à necessidade de reforma e expansão das obras de saneamento.
Ex-diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Joisa Dutra acredita que o modelo das agências reguladoras está consolidado e que as críticas sobre contaminação política e falta de independência decisória refletem dificuldades presentes no próprio Executivo.
Eneva avalia emitir R$ 1 bilhão em debêntures
Maior geradora termelétrica privada do país, a Eneva planeja a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures de infraestrutura, papéis isentos de imposto de renda para investidores de pessoa física e investidores estrangeiros. A companhia estuda a possibilidade de utilizar os recursos no seu plano de exploração e produção de gás natural na Bacia do Parnaíba e no projeto da termelétrica de Jaguatirica II (RR), que será abastecida com gás natural extraído do campo de Azulão (AM).
A informação é do jornal Valor Econômico. A reportagem destaca que a empresa é a primeira a ter um projeto de exploração e produção de óleo e gás enquadrado como prioritário pelo Ministério de Minas e Energia (MME), mecanismo que permite a emissão das debêntures incentivadas. Segundo o diretor Financeiro da Eneva, Marcelo Habibe, a ideia é realizar a emissão entre o fim do terceiro trimestre e início do quarto, a depender da janela de oportunidade do mercado.
Gargalos da energia
O jornal O Popular, de Goiás, publicou hoje (02/09) um editorial sobre dificuldades no fornecimento de energia elétrica no estado. Na opinião do jornal, tais dificuldades já prejudicam o setor produtivo, a população e a economia goiana.
O editorial critica decisão da Distribuidora Enel que prorrogou, pela segunda vez, o prazo para universalizar o serviço de energia elétrica. Inicialmente previsto para 2017, pela Celga, antiga distribuidora que foi comprada pela Enel, esse prazo foi adiado para 2019 e, agora, para 2022, devido a acordo feito com o governo estadual.
O jornal enfatiza que a decisão prejudica moradores de regiões mais isoladas e da zona rural. “Como resultado, persistem em Goiás gargalos incompatíveis com o século 21, como produtores rurais que aguardam energia elétrica há quase duas décadas”, ressalta o editorial.
ONS vê alta de 1,7% na carga de energia em setembro
A carga de energia no país deve crescer 1,7% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgadas sexta-feira (30/08). A informação foi publicada hoje pelo DCI – Diário do Comércio, Indústria e Serviços.
A carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve alcançar 66.368 MW médios. A expansão será mais forte nas regiões Sul e Norte, que deverão apresentar alta de 5,5% e 4,8% em setembro, frente a setembro do ano passado, para 11.400 MW médios e 5.730 MW médios. Já o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do país, deve apresentar leve crescimento, de 0,6%, na mesma comparação, para 38.352 MW médios. No Nordeste, o aumento será de 0,4%, para 10.886 MW médios.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa, na edição desta segunda-feira (02/09), que os governos estaduais, o Distrito Federal e 24 das 26 capitais investiram apenas R$ 9,21 bilhões no primeiro semestre. O valor é 52,8% inferior, em termos reais, ao total investido no mesmo período de 2015, quando esses gastos somaram R$ 19,49 bilhões. O levantamento, feito pelo Valor, mostra que a queda é um dos efeitos do agravamento da crise das finanças públicas. Dos R$ 9,21 bilhões investidos de janeiro a junho, 75,6% foram desembolsados pelos estados e Brasília e o restante, pelas 24 capitais – apenas Cuiabá e Porto Velho não enviaram informações ao Ministério da Economia.
O principal destaque do jornal O Globo, hoje, é sobre queimadas na Amazônia. A reportagem mostra que agosto deste ano foi o pior mês para a Amazônia desde 2010. O número de queimadas na região triplicou em relação a agosto de 2018, passando de 10.421 para 30.901 em 2019. O recorde anterior, há nove anos, foi de 45.018 focos de incêndio na parte brasileira do bioma. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Especialistas ouvidos pelo jornal foram unânimes em descartar fatores naturais como as causas desse aumento. Para eles, o crescimento no número de incêndios registrado no mês passado é resultado da ação humana e está diretamente ligado ao aumento nas taxas de desmatamento. A preocupação dos ambientalistas é com o mês que começa agora, já que setembro, mais seco, é historicamente pior para as queimadas do que agosto.
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o avanço da reforma da Previdência no Congresso Nacional deflagrou uma corrida por aposentadorias entre servidores do Executivo. Em apenas sete meses, mais de 24 mil servidores pediram o benefício, de acordo com dados do Ministério da Economia.
A Folha de S. Paulo publicou o resultado de nova pesquisa de opinião feita pelo Data Folha sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro. A reprovação do presidente subiu de 33% para 38% em relação ao levantamento anterior do instituto, feito no início de julho, e diversos indicadores apontam uma deterioração de sua imagem. Foram ouvidas 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios.. A aprovação de Bolsonaro também caiu, dentro do limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, de 33% em julho para 29% agora. A avaliação do governo como regular ficou estável, passando de 31% para 3 0%.