O Valor Econômico informa que 13 empresas estão habilitadas para participar da 6ª Rodada de Licitações de Partilha de Produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) – a 6ª Rodada do Pré-sal. O certame está marcado para 7 de novembro.
De acordo com decisão da Comissão Especial de Licitação da ANP, publicada na edição de hoje (03/10) do Diário Oficial da União, a Petrobras é a única companhia brasileira habilitada para o certame. As demais são a britânica BP, as americanas Chevron, ExxonMobil e Murphy, as chinesas CNOOC e CNODC, a colombiana Ecopetrol, a malaia Petronas, a catari QPI, a espanhola Repsol, a anglo-holandesa Shell e a alemã Wintershall DEA. No leilão, serão oferecidas cinco áreas no polígono do pré-sal, nas Bacias de Santos e Campos. Juntas, as áreas totalizam R$ 7,85 bilhões a serem pagos pelos respectivos vencedores. Mais informações, no site na ANP.
Petrobras completa 66 anos às vésperas do megaleilão
A Petrobras, fundada por Getúlio Vargas em 1953, está completando 66 anos nesta quinta-feira (03/10). Ontem, a estatal anunciou que produziu 2,989 milhões de barris por dia no mês de agosto, alta de 18,5% em relação 2018 e um novo recorde mensal.
A revista Exame, que publicou matéria sobre a petroleira em seu portal de notícias, destacou que o megaleilão marcado para o início de novembro, em que serão ofertadas áreas do pré-sal, deve mudar a história da companhia e do mercado brasileiro de energia. A previsão é arrecadar R$ 106 bilhões, além de investimentos previstos de US$ 200 bilhões para viabilizar a produção.
O leilão é da chamada cessão onerosa, de descobertas que excedem a área concedida à Petrobras em 2010. Deve ser um marco na abertura do mercado brasileiro às multinacionais. Além da cessão onerosa, a Petrobras vem se concentrando nos últimos meses na produção de petróleo em águas profundas, intensificando seu plano de desinvestimentos por meio da privatização de diversos negócios. A Petrobras chega a seu aniversário com valor de mercado de R$ 366 bilhões.
Aneel nega recurso da Abeeólica contra leilão
O site Paranoá Energia informa que a Comissão Especial de Licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou o mérito de pleito feito pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) para que o leilão A-6, que prevê entrega de energia para 2025, fosse adiado. A associação alegava que após fazer uma mudança nas regras do leilão, seria necessário mais tempo para que a mesma fosse analisada.
No dia 10 de setembro, a diretoria da Aneel aprovou mudanças nas regras de sazonalização para contratação de usinas eólicas e solares no próximo leilão A-6, previsto para 18 de outubro. A partir de agora, os contratos dos empreendimentos vendidos terão que acompanhar a carga declarada pelo operador mês a mês, ou seja, não poderão mais repassar para o consumidor o custo de eventuais compras de energia no mercado livre quando não houver geração por falta de vento ou sol.
Segundo a Aneel, a matéria será analisada pela diretoria da agência para uma decisão final, mas o leilão está mantido para 18 de outubro.
CCEE prevê PLD médio para 2019 em R$ 219,50 / MWh
Após análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) em setembro e início de outubro, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) projetou o PLD médio anual do Sudeste/Centro-Oeste em R$ 219,50/MWh.
A expectativa de afluências que foi utilizada na formação do preço da primeira semana operativa de outubro é 61% da Média de Longo Termo (MLT). A Energia Natural Afluente (ENA) esperada para o Sudeste/Centro-Oeste é de 72%, para o Sul é de 46%, para o Nordeste é de 37% e para o Norte é de 65% da MLT. As informações foram publicadas pelo site Paranoá Energia.
Taesa conclui energização de trecho de área de linha de transmissão no Tocantins
A Taesa concluiu no último domingo (29/09) a energização de um trecho de 30 km do segundo circuito da linha de transmissão Miracema – Lajeado, em tensão de 500kV, e que integra o projeto da Miracema Transmissora de Energia Elétrica referente ao lote P do leilão de transmissão nº 013/2015, realizado em abril de 2016.
O empreendimento de Miracema está localizado no Tocantins e possui extensão de 90 km de linha formado pelas LTs 230kV Lajeado – Palmas (circuito duplo) de 60 km, 500kV Miracema – Lajeado (circuito 2) de 30 km e as subestações Palmas, Lajeado e Miracema. O prazo estipulado pelo órgão regulador para energização do projeto é dezembro de 2019. As informações foram publicadas pelo Canal Energia.
Geração distribuída: subsídios em debate
A Folha de S. Paulo publicou três notas na seção Painel S.A. (Lá vem o sol / Calor / Ligado) a respeito da nova consulta pública que será aberta para a revisão de resolução 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que vai aprofundar a discussão sobre o subsídio a quem faz uso da energia solar a partir da micro e minigeração distribuída.
A reportagem ouviu os argumentos em debate. A Abradee, associação que reúne os distribuidores de energia elétrica, é contrária à permanência do subsídio. Em nota, a associação explica: “Não é justo que só uma parcela de usuários usufrua. Com o subsídio, a rentabilidade dos projetos vai de 20% a 35% ao ano. Sem ele, que onera a tarifa dos demais consumidores, ficaria em 12% a 18%”.
Empreendedores do setor defendem posição contrária. “O mercado de geração de energia para o próprio consumo em empresas e residências tem potencial para crescer 400 vezes até 2030, de US$ 600 milhões para US$ 240 bilhões”, afirma Emmanuel Lagarrigue, da empresa francesa Schneider Electric, que atua no setor.
PANORAMA DA MÍDIA
Uma operação conjunta do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) e da Polícia Federal investiga vazamentos de resultados de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorridos nos anos de 2010, 2011 e 2012, “inseridos em contexto de obtenção de vantagens ilícitas mútuas entre banqueiro e agentes públicos do alto escalão do governo federal da época”, segundo comunicado. A deflagração da operação “Estrela Cadente” ocorreu nesta quinta-feira (03/10), informa o portal de notícias do Estado de S. Paulo.
A investigação, instaurada a partir de colaboração premiada de Antônio Palocci, apura o fornecimento de informações sigilosas sobre alterações na taxa Selic, por parte da cúpula do Ministério da Fazenda e do Banco Central, em favor de um fundo de investimento administrado pelo BTG Pactual, que, com elas, teria obtido lucros extraordinários de dezenas de milhões de reais. Em 2012, o Estado publicou uma reportagem com o fundo, que rendeu 402% no ano anterior, com a aposta em juros.