O Valor Econômico traz hoje (14/10), na seção Opinião, artigo assinado por Rodolfo Molinari, com críticas ao processo em curso de revisão das normas estabelecidas para o setor da micro e minigeração distribuída, no âmbito da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Molinari é diretor de negócios da Órigo Energia, membro do conselho da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e do conselho da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).
No artigo, ele destaca que, em uma discussão que se alonga por mais de um ano, as conclusões ainda não foram encontradas. Molinari explica que, “de forma resumida, a revisão proposta pode implicar em reduzir em até 60% o benefício aos consumidores que poderiam aderir a este modelo compartilhado”.
Segundo Molinari, “isso significa não considerar nenhum benefício desse modelo e, ainda, colocar na conta desses consumidores todos os custos relacionados não apenas à remuneração da distribuidora, mas também: da transmissão de energia (apesar da energia ser gerada dentro da área da distribuidora), dos encargos setoriais (apesar do principal deles ter sido criado justamente para fomentar fontes limpas de energia) e as perdas elétricas (desconsiderando os princípios da física que dizem que quanto menos um elétron caminha, menos ele se perde no caminho)”. Para Rodolfo Molinari, a revisão das regras para o setor de geração distribuída poderá inviabilizar o modelo.
PANORAMA DA MÍDIA
Com a crescente queda nos juros ao consumidor (mesmo que num ritmo muito mais lento do que o recuo da taxa básica de juros, a Selic), a procura por crédito tem o maior crescimento dos últimos nove anos, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Desde janeiro, o aumento do número de pessoas que buscaram crédito foi de 10,3%, em relação a igual período do ano passado, segundo a empresa de informações financeiras Serasa Experian. Essa marca só foi superada em 2010, quando a procura avançou 16,4% – mas em uma economia que cresceu 7,5%. Além do recuo na taxa de juros, a reportagem aponta outros dois motivos que têm levado mais brasileiros a buscar financiamentos: a inflação controlada e o emprego em lenta recuperação.
O jornal informa, ainda, que a maior procura é por linhas que emprestam dinheiro vivo à pessoa física (32,9% entre janeiro e agosto deste ano). A seguir, está o crédito consignado, com avanço de 32,5%, seguido pelo cartão de crédito parcelado (30,5%) e o crédito pessoal (22,3%).
O Valor Econômico também traz a pauta do crédito ao consumidor, como principal destaque na edição de hoje (14/10). O jornal informa que a equipe econômica do governo decidiu acelerar o envio de projetos de lei ao Congresso, com o objetivo de destravar e baratear o crédito, além de estimular a concorrência num mercado dominado por cinco grandes bancos. A ideia é substituir o crédito público, direcionado e subsidiado e que predominou nos últimos ciclos de crescimento da economia brasileira, pelo crédito privado.
O jornal O Globo informa que o endividamento de empresas com o governo cresceu 84% em seis anos. Segundo dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o estoque da Dívida Ativa da União (DAU) cresceu 84% entre 2013, antes dos primeiros sinais de recessão, e agosto deste ano. O montante já chega a R$ 2,4 trilhões, uma bola de neve que, segundo empresários e especialistas, tende a crescer ainda mais caso governo e empresários não cheguem a um acordo para renegociar pendências.
A Folha de S. Paulo informa que em seus primeiros nove meses na Presidência, Jair Bolsonaro já ampliou em ao menos 325 postos o número de militares, da ativa e da reserva, que participam da administração federal. O jornal destaca que, além dele, capitão reformado, e do vice, o general Hamilton Mourão, e de oito de seus 22 ministros, há ao menos 2.500 militares em cargos de chefia ou assessoramento.
O Correio Braziliense traz um tema da política para a manchete desta segunda-feira (14/10): as disputas internas nos partidos. Como exemplo, a reportagem cita os debates travados no PSL e no PDT.