O edital dos próximos leilões de energia nova tem probabilidade de manter a sazonalização dos contratos de eólicas e solares por quantidade adequados ao perfil da carga dos compradores, disse nesta sexta-feira (18/10) a diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Elisa Bastos.
Segundo ela, cada edital “é único”, mas “provavelmente sim”, seria mantida a medida nos leilões futuros, uma vez que a agência preza pela estabilidade das regras.
Inicialmente, a sazonalização ocorreria da maneira prevista inicialmente, acompanhando a garantia física das eólicas. O edital entrou em audiência pública, com sinais da área técnica de que o tema seria discutido posteriormente, em audiência específica.
No entanto, na reunião de diretoria que aprovou o edital, Elisa havia proposto a realização de estudos após o certame, mas foi voto vencido.
“A decisão da diretoria é soberana, então vamos continuar a seguir na mesma linha”, disse Elisa, em entrevista após o leilão A-6.
No caso da modulação, que não teve mudança no edital, Elisa afirmou que não existe previsão de serem realizados novos estudos, mas que eles acontecerão caso seja notada a necessidade de eventual modificação, entrando na agenda regulatória da agência.
Com relação à contratação de eólicas no leilão A-6, Elisa afirmou que o preço final esteve no mesmo patamar dos últimos certames, o que dificulta a leitura sobre se a mudança da sazonalização influiu no resultado.
O leilão teve contratação de 44 eólicas, com garantia física de 480 MW médios e potência instalada de 1.040,2 MW, quase 35% da capacidade total. O preço médio de venda das eólicas no leilão foi de R$ 98,89/MWh.