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Setor de petróleo volta a contratar e já se prevê criação de 400 mil vagas – Edição da Manhã

Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que depois de seis anos, o emprego no setor de petróleo voltou a subir em 2019, puxado principalmente pelas atividades de apoio à exploração. Com a demanda gerada pelos últimos leilões, o setor espera a criação de até 400 mil novas vagas nos próximos dois anos e já fala em gargalos de mão de obra, diante da fuga de profissionais durante a crise.

Para os especialistas, no entanto, há um alerta nos negócios com petróleo, que interessam empresas locais e companhias globais, além de mobilizar estados e municípios que demandam os royalties. O boom do pré-sal precisa ser acompanhado por medidas de prevenção e remediação, pois a atividade tende a ser intensa nos próximos anos, o que e vai demandar atenção redobrada das autoridades. O tema faz parte de uma das matérias que ganharam destaque na edição de hoje (27/10) da Folha.

Investidor de longo prazo e o setor elétrico

Conclusões robustas sobre a rentabilidade das empresas do setor elétrico ou de outros setores de infraestrutura, caracterizados por serem altamente intensivos em capital, exigem escolha cuidadosa do indicador econômico-financeiro, porque a rentabilidade medida por indicadores mais conhecidos, como o lucro líquido e o Ebitda (acrônimo em inglês que expressa a capacidade de geração de caixa operacional de uma empresa), não incorpora o peso dos investimentos que precisam ser aportados para que tais lucros ou fluxos de caixa sejam gerados.

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Este é o tema de artigo escrito para a edição de hoje (27/10) do jornal O Estado de S. Paulo, por Cláudio Sales, Eduardo Muller e Paulo Guilherme Coimbra, respectivamente presidente e diretor executivo do Instituto Acende Brasil e sócio de Corporate Finance da KPMG. No artigo, eles informam que, a fim de expressar a relevância da intensividade de capital no setor elétrico, o Instituto Acende Brasil, em parceria com a KPMG, acaba de lançar um estudo sobre a rentabilidade do setor adotando como indicador o EVA (sigla em inglês para Valor Econômico Agregado) para o horizonte de 2011 a 2018.

Segundo eles, o EVA foi adotado por expressar, na sua formação, o peso tanto do capital próprio (aportado pelos acionistas) quanto o do capital de terceiros (aportado por financiadores), e é por essa razão que ele é capaz de estabelecer a conexão entre quanto capital foi necessário investir para que fosse possível gerar os resultados obtidos.

Nove anos após leilão, torres eólicas estão abandonadas na Bahia

A Folha de S. Paulo publicou hoje (27/10) uma reportagem sobre o abandono em que se encontram torres eólicas da zona rural de Casa Nova (502 km de Salvador), uma das regiões mais inóspitas do sertão baiano. Ali, 30 torres eólicas geram uma falsa impressão aos que as observam. As torres estão de pé e as pás giram com a força dos ventos, mas não geram um único kilowatt de energia elétrica.

A reportagem informa que o parque Casa Nova I, concebido para ser o primeiro parque eólico da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) no país, o parque Casa Nova I segue sem ter sido concluído nove anos depois do leilão no qual a estatal arrematou o lote.

A Folha encontrou no local turbinas eólicas abandonadas em meio a um terreno rodeado apenas por uma cerca de arame. Ao todo, R$ 400 milhões já foram investidos no complexo.

Isolamento elétrico custa R$ 6,3 bilhões aos consumidores

O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (27/10) uma reportagem sobre os reflexos do isolamento elétrico da cidade de Boa Vista (RR), única capital do país que não faz parte do sistema interligado nacional (SIN). De acordo com a reportagem, esses reflexos ficaram mais nítidos em março deste ano, quando Roraima deixou de importar energia da Venezuela e passou a depender, exclusivamente, da geração de usinas térmicas brasileiras, praticamente todas elas movidas a combustível.

Boa Vista, no entanto, não é única localidade do país que sofre com as limitações do setor. Os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), citados pelo jornal, apontam que, atualmente, ainda existem 235 localidades no Brasil que não possuem ligação com o SIN. São os chamados “sistemas isolados”, que dependem diariamente da energia produzida por usinas locais para ter luz, quase todas movidas a óleo diesel.

O levantamento oficial mostra que o custo para 2020 desses 235 locais chegará a R$ 6,31 bilhões, valor que é pago por todos os consumidores de energia do país, por meio de subsídio incluído mensalmente na conta de luz.

PANORAMA DA MÍDIA

Brasil não destina royalties do petróleo para prevenir desastres ambientais, informa a Folha de S. Paulo na edição deste domingo (27/10). Mesmo com o aumento da receita do petróleo e diante da projeção de crescimento das exportações, o Brasil não tem previsão de destinação obrigatória dos royalties para prevenção e remediação de desastres como o que atinge as praias do Nordeste desde o fim de agosto.

Segundo especialistas ouvidos pela Folha, o crescimento da produção do pré-sal e, consequentemente, das exportações de petróleo do país cria a necessidade de estabelecer fontes de recursos e uma estrutura de resposta a emergências. Na crise atual, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) vem usando recursos de outras fontes para cobrir os custos. Responsável pela operação nas praias, a Petrobras está gastando dinheiro do próprio caixa sob a promessa de reembolso, já que não é responsável pelo vazamento. Procurado pela reportagem, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu a pedido de entrevista.

O principal destaque de hoje do jornal O Estado de S. Paulo é a nova projeção do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o jornal, a melhora em alguns indicadores importantes, como criação de empregos e aumento no crédito, vem transformando a expectativa dos analistas. Há duas semanas, o Itaú, por exemplo, elevou sua estimativa de crescimento da economia este ano de 0,8% para 1% – havia pelo menos três anos que o banco não elevava o número projetado.

“Falta de verba e falhas em contratos param 437 obras no Estado do Rio”, informa a manchete de hoje do jornal O Globo. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta pendências que congelaram investimentos de R$ 53,48 bilhões – mais de um terço do valor total de contratos interrompidos (R$ 144,31 bilhões) no país. Até agora, essas obras no Rio de Janeiro, de acordo com o tribunal, só receberam R$ 1,95 bilhão.

Entre os principais problemas encontrados pelo TCU na lista de obras estão a falta da contrapartida de estados e municípios, que também têm de aportar recursos próprios, contratação com base em projetos básicos deficientes e dificuldades dos entes em gerir as verbas federais. Boa parte dos investimentos iria para a urbanização de comunidades.

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