O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, recebeu ontem (30/10) o Distinguished Achievement Award, premiação concedida à companhia pela Offshore Technology Conference Brasil (OTC Brasil), no Rio de Janeiro, em reconhecimento ao conjunto de soluções inéditas desenvolvidas para tornar viável a produção de petróleo e gás em Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.
A Agência Petrobras informa que, em palestra realizada durante a cerimônia de premiação, Castello Branco destacou o ano promissor para a indústria de óleo e gás no Brasil, com as rodadas de licitação e a abertura dos mercados de refino e gás natural no país. “Estamos construindo uma indústria real no Brasil. Um mercado competitivo é bom para todos, inclusive para a Petrobras”, defendeu o executivo.
Castello Branco disse ainda que, com a venda, pela Petrobras, de ativos em terra e em águas rasas, novas empresas de pequeno e médio porte estão entrando no mercado, fortalecendo a indústria de óleo e gás e a economia nacional.
Bacia Sergipe-Alagoas deve receber investimentos de US$ 2 bilhões, diz ANP
A Bacia Sergipe-Alagoas deve receber investimentos da ordem de US$ 2 bilhões nos próximos anos, em atividades de avaliação das descobertas já anunciadas na região, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras opera algumas concessões e já fez seis descobertas na região, como Cumbe, Farfan, Moita Bonita, Poço Verde, Barra e Muriú. A companhia está vendendo fatias minoritárias nesses projetos. Ao mesmo tempo, o consórcio Exxon Mobil/Enauta/Murphy adquiriu nove concessões na área, nos últimos dois anos, e também aposta no potencial de Sergipe-Alagoas.
As informações são da superintendente de exploração da ANP, Marina Ferreira, que participou hoje (31/10) das atividades de encerramento do Offshore Technology Conference, no Rio de Janeiro. (Fonte: Valor Econômico)
Eletrobras diz que dados sobre compulsórios são precisos e vai se defender em ação nos EUA
A Eletrobras afirmou hoje (31/10) que acredita que as divulgações realizadas pela empresa sobre obrigações de empréstimos compulsórios “têm sido e permanecem precisas”, após uma empresa do grupo Al Mazrouei, dos Emirados Árabes Unidos, ter entrado com ação nos Estados Unidos contra a estatal.
O grupo acusa a companhia brasileira de descumprir leis locais e regras do mercado de ações norte-americano, alegando que a Eletrobras deturpou informações em comunicados junto à SEC (sigla em inglês para Comissão de Valores Mobiliários – agência federal do mercado de capitais dos EUA) e outros comunicados públicos. Segundo a ação, a estatal teria omitido bilhões de dólares em passivos e, ao fazê-lo, teria desvalorizado os títulos de compulsório e inflado o valor de suas ações.
A Eletrobras informou que contratou um escritório de advocacia nos EUA e “pretende se defender vigorosamente das alegações feitas na ação”. (Fonte: agência de notícias Reuters)
Grandes clientes consomem 46% da energia solar e eólica do país
A revista Época informa, em matéria publicada em seu portal, que as distribuidoras de energia usarão o argumento de que os maiores beneficiados pelos subsídios dados pelo governo ao setor de energia solar e eólica são os grandes consumidores. O objetivo das distribuidoras, segundo a reportagem, é fortalecer a proposta de revisão das regras para o setor, que está em discussão no âmbito da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A proposta da Aneel é favorável à redução dos subsídios para os consumidores que produzem sua própria eletricidade (geração distribuída), o que acontece principalmente com a utilização de painéis solares.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), os usuários que consomem, em média, até 200 kWh — pequenos consumidores — representam 70% dos consumidores no mercado tradicional. Já dentro do segmento de geração distribuída, que engloba solar e eólica, a taxa dos que consomem até 200 kWh é menor, de 20%. Ainda segundo a Abradee, 46% dos usuários da geração distribuída consomem mais de 500 kWh.
PANORAMA DA MÍDIA
O portal de notícias G1 segue acompanhando os desdobramentos do desastre ambiental no litoral brasileiro, provocado por vazamento de óleo, de responsabilidade ainda desconhecida. De acordo com a reportagem de hoje (31/10), publicada na seção “Ambiente”, um dos suspeitos seria um navio liberiano, que saiu da Venezuela e desligou o localizador para burlar sanções internacionais por estar transportando óleo venezuelano. O G1 informa que o mercado ilegal de petróleo movimenta mais de US$ 100 bilhões ao ano.
O rastreamento que flagrou o navio liberiano e outros “fantasmas” que navegaram nas proximidades da costa nordestina foi feito por uma empresa de inteligência de dados internacional a pedido do G1. A reportagem destaca, contudo, que não há informações sobre se essa embarcação está na mira de investigação do governo brasileiro. A Marinha do Brasil não fornece detalhes sobre sua investigação.
Ontem, no entanto, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o governo está perto de desvendar o responsável pelo vazamento de óleo. A revelação do resultado das apurações, acrescentou, deve ser feita em breve pelo próprio presidente Jair Bolsonaro.