O site Petronotícias publicou hoje (02/12) a primeira entrevista da série Perspectivas 2020, que tem por objetivo apresentar um balanço das atividades do mercado de óleo e gás a partir da visão de empresas do setor. O entrevistado é Rafael Torres, diretor da SBM Offshore, grupo de origem holandesa, que presta serviços para o setor petrolífero.
Com foco nos FPSOs (Floating Production Storage and Offloading), que são navios-plataforma, o executivo diz que está sendo traçada uma retomada do mercado no Brasil, a partir da atratividade das reservas de águas profundas. Para ele, o estímulo do governo à entrada de novos players permite à empresa manter uma carteira de projetos mais sustentável nos próximos 10 anos e, consequentemente, um incremento na geração de empregos, arrecadação e prestação de serviços ao longo de pelo menos 20 anos em que essas unidades estarão em plena operação.
Para Rafael Torres, 2020 será o ano da consolidação do setor. “Se os projetos que estão no pipeline das petroleiras decolarem, com a confirmação das reservas dos campos e a qualidade dos reservatórios, teremos que nos preparar para atender um mercado com bons desafios tecnológicos.”
Sem cumprir meta de desmatamento, Brasil vai à Cúpula do Clima pedir mais recursos
A Conferência do Clima (COP), que começa hoje (02/12), em Madri, traz para o governo brasileiro o desafio de convencer os demais países de que continua alinhado aos esforços mundiais para conter as mudanças climáticas. Para isso, o Brasil precisará contornar a realidade dos dados que indicam taxas recordes de desmatamento da Amazônia. A análise é do jornal O Estado de S. Paulo, que publicou uma matéria sobre a COP da Organização das Nações Unidos (ONU).
A reportagem destaca que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chefe da delegação brasileira no encontro de Madri, pretende cobrar contrapartida financeira de países ricos por, segundo seu entendimento, “estar fazendo sua parte” em questões do clima. O Brasil não indicou que deve se comprometer com nada além da meta de reduzir as emissões em 37% até 2025, na comparação com 2005, apresentada no Acordo de Paris.
A reportagem ressalta, ainda, que, de fato, o país reduziu suas emissões, mas o ganho do passado vem se diluindo com a retomada do aumento do desmatamento da Amazônia, historicamente a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa do Brasil. Os debates da COP da ONU irão se realizar até o próximo dia 13.
Faro Energy avalia cancelar investimento de R$ 600 milhões
O Valor Econômico informa que a Faro Energy, empresa de geração solar, com sede em Londres e escritório em São Paulo, avalia cancelar um plano de investimentos de R$ 600 milhões para o Brasil nos próximos 18 meses, caso seja aprovada a proposta atual da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a mudança das regras referentes ao uso de geração solar distribuída no país.
De acordo com o principal executivo da empresa no Brasil, Pedro Mateus, a proposta atual elimina o retorno dos projetos e gera insegurança jurídica. O executivo, que participou de evento sobre geração distribuída da Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham), na última semana, no Rio de Janeiro, acrescentou que a empresa teve uma linha de crédito de R$ 100 milhões recusada por um banco privado no país, devido à incerteza com relação à mudança regulatória.
A Faro Energy possui quase 50 megawatts-pico (MWp) – unidade de potência para fonte solar fotovoltaica – em projetos em operação e construção no país, com investimentos totais da ordem de R$ 200 milhões.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico traz como principal destaque da edição de hoje (02/12), a informação já divulgada na última sexta-feira, de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) traçou um cronograma inicial das próximas quatro ofertas de ações que fará em 2020, como parte de seu programa de desinvestimento. O plano é vender o segundo bloco de ações da JBS, uma participação relevante em Petrobras, ações da elétrica paranaense Copel e da fundição Tupy, num total de R$ 30,8 bilhões, considerando os valores atuais.
Nove pessoas morreram pisoteadas e 12 ficaram feridas durante tumulto após ação da Polícia Militar em baile funk na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, na madrugada de ontem (01/12). A corporação afirma que os agentes de segurança perseguiam dois suspeitos em uma moto, quando entraram no local da festa, que reuniu cerca de 5 mil pessoas. Já moradores, em relatos e vídeos, acusam os policiais de invasão e truculência. O governo paulista informou que vai investigar as circunstâncias das mortes para apontar se houve excessos. (O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo)
O jornal O Globo informa que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriu procedimento para investigar a denúncia da criação de um balcão de negócios na prefeitura do Rio para a liberação de verbas a empresas mediante pagamento de propina. A apuração está baseada na colaboração premiada do doleiro Sérgio Mizhay, preso pela operação “Câmbio, Desligo”, realizada no ano passado. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) é alvo da investigação.