A produção de petróleo no Brasil atingiu 2,964 milhões de barris por dia em outubro, alta de 13,4% ante outubro do ano passado e crescimento de 1,3% na comparação com setembro. Os dados foram divulgados ontem (02/12) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Já a produção de gás natural foi de 132 milhões de metros cúbicos diários em outubro, alta de 12,4% ante outubro de 2018 e avanço de 2,1% na comparação com setembro. No total, o país produziu 3,792 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) em outubro. O principal destaque dado pela ANP ficou para a produção do pré-sal. (Fonte: Valor Econômico)
Cade questiona Petrobras sobre defasagem no preço dos combustíveis
A Folha de S. Paulo informa que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) questiona a Petrobras sobre a política de preços dos combustíveis, em função de denúncia de empresas importadoras, que reclamam de prática de preços não competitivos praticados pela estatal. A denúncia foi feita por meio da Associação Brasileira das Importadoras de Combustíveis (Abicom).
Em despacho no dia 26, o Cade deu dez dias para a estatal explicar se os preços estão abaixo da paridade internacional e se houve variações nas cotações internacionais durante o período de 53 dias em que a gasolina ficou sem reajuste no Brasil. Em meados de novembro, a Petrobras comunicou a seus clientes reajuste de 2,7% no preço da gasolina e, nove dias depois, anunciou novo aumento, dessa vez de 4%.
AES Tietê avança com projeto eólico na Bahia
O Valor Econômico informa que a AES Tietê avança com o projeto de um novo complexo eólico na Bahia, que deverá começar a sair do papel em 2021. O Projeto Tucano, como é conhecido o empreendimento, será construído entre os municípios de Tucano, Biritinga e Araci, com capacidade de 586 megawatts (MW), destinados ao mercado livre de energia.
De acordo com a reportagem, o complexo já tem garantidos R$ 980 milhões em investimentos da companhia em dois parques eólicos, um para atender a Unipar Carbocloro e outro voltado à parceria com a Anglo American, divulgada ontem (02/12). Juntos, os dois contratos compreendem pouco mais de 50% da capacidade total do Projeto Tucano.
A AES Tietê já está em conversas com outros clientes para garantir a contratação do restante. O projeto faz parte da estratégia da empresa de expandir seu portfólio de energias renováveis. Segundo dados de 2019, as fontes de energia do grupo ainda estão bastante concentradas em geração hidrelétrica (84,4% do total).
PANORAMA DA MÍDIA
O anúncio feito ontem (02/12), pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de voltar a sobretaxar o aço e o alumínio do Brasil e da Argentina, é destaque na edição de hoje dos principais jornais do país (O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Correio Braziliense, Valor Econômico).
“O Brasil e a Argentina têm liderado uma desvalorização maciça de suas moedas, o que não é bom para os nossos agricultores. Portanto, com efeito imediato, restaurarei as tarifas de todos os aços e alumínio enviados para os EUA a partir desses países”. escreveu Trump no Twitter.
O Valor Econômico ressalta que o anúncio feito pelo presidente norte-americano, representa um constrangimento para o governo brasileiro, que segue a estratégia de aproximação com os Estados Unidos.
O jornal O Globo explica que em novembro, o dólar teve alta de 5,7% frente ao real e que um dos fatores foi a preocupação com a guerra comercial entre EUA e China. A acusação de manipulação cambial foi prontamente rebatida por especialistas. Ainda no Globo, a jornalista Míriam Leitão analisa que “o setor do agronegócio dos Estados Unidos é o que mais está sentindo o efeito da guerra comercial criada pelo presidente Trump contra a China. Por isso, ontem, ele inventou um inimigo externo, tática que sempre usa para camuflar seus erros. Desta vez, o inimigo somos nós”.
A Folha de S. Paulo publicou uma série de reportagens sobre o tema. Em uma delas, esclarece que as exportações de alumínio do Brasil para os Estados Unidos pagam sobretaxa desde 1º de junho de 2018, segundo a Associação Brasileiro do Alumínio (Abal). De acordo com dados da Abal, os EUA representam 43% das exportações brasileiras de semimanufaturados e manufaturados de alumínio. No período de janeiro a outubro de 2019, foram vendidos no mercado norte-americano 52 mil toneladas de produtos de alumínio. Desse total, 47 mil toneladas são de produtos sobretaxados em 10%.