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Preço do gás natural é obstáculo ao mercado – Edição da Manhã

O Valor Econômico traz uma matéria baseada no estudo “Perspectivas do Gás Natural no Rio de Janeiro 2019-2020”, que será divulgado hoje (04/12) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). De acordo com o estudo, a oferta nacional de gás natural representa cerca de 70% da oferta total do insumo disponível no país. Mas em termos de competição, essa relação não se mantém, uma vez que o gás nacional é 40% mais caro do que o produto importado da Bolívia pelo Gasbol.

O estudo mostra, ainda, que o preço mais competitivo não é exclusividade do gás boliviano. O gás natural liquefeito (GNL) importado pelo Brasil é ainda mais competitivo. A Firjan mostra que, segundo dados de julho deste ano, a molécula de gás de contratos de GNL no mercado à vista estava 75% mais barata que a produção brasileira. Nesse caso, a queda do GNL está intimamente ligada ao desenvolvimento do “shale gas”, conhecido como gás de xisto, e à entrada dos Estados Unidos no mercado de exportação de GNL.

Petrobras prepara venda de mais ações da BR Distribuidora

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse ontem (03/12) ao Valor Econômico que a empresa pretende fazer nova oferta subsequente de ações da BR Distribuidora. Ele informou que a empresa começa a trabalhar desde já com esse objetivo e que a operação será realizada “no momento mais adequado”.

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O executivo falou, também, sobre o primeiro bloco de refinarias colocado à venda Petrobras. Segundo ele, a empresa deve receber as ofertas vinculantes “provavelmente” no início de março. Ele informou que até agora a companhia recebeu somente as ofertas não vinculantes, mas evitou mencionar nomes dos interessados.

As primeiras quatro refinarias em oferta situam-se no Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Pernambuco. Em uma segunda fase, a Petrobras espera receber oferta não vinculante pela Refinaria Gabriel Passos, em Minas Gerais. As outras três — de um total de oito a serem vendidas — virão a seguir. Elas estão localizadas nos estados do Amazonas, Paraná e Ceará.

Enel Goiás contesta Caiado e diz não temer perder concessão

A Folha de S. Paulo informa que o diretor-executivo da operadora de energia elétrica Enel no Brasil, Nicola Cotugno, afirmou que a empresa foi surpreendida pela atitude do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que tem ameaçado cassar a concessão da distribuidora no estado, operada pela multinacional desde fevereiro de 2017.

Para Cotugno, a atitude assumida pelo governador goiano, que acusa a companhia de prestar um serviço de baixa qualidade, é estranha e não condiz com a realidade. “Nos surpreende falar [mal] da qualidade [do serviço da Enel] e de uma situação desastrosa, quando desastrosa foi a situação da empresa que compramos de uma gestão estadual de 20 anos. O desastre foi causado por outros. Estamos remediando.”

O executivo afirmou que a Enel confia no marco regulatório brasileiro e que não tem medo de perder a concessão por uma ação estadual, já que o contrato foi assinado após leilão federal, em 2016.

Caso de Goiás é exceção em setor que respeita regras, diz presidente da Enel

O Valor Econômico também publicou hoje (04/12) matéria sobre a polêmica em torno dos serviços prestados pela distribuidora de energia elétrica Enel, em Goiás. O presidente da empresa no Brasil, Nicola Cotugno, afirmou ao jornal que as ameaças de extinção da concessão da Enel Goiás, encabeçadas por políticos locais e abraçadas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), estão em “contradição profunda” com o plano do governo federal de privatizações.

Em conversa com o Valor, o executivo avalia essa questão como um “ponto de descontinuidade” em um setor tradicionalmente visto como um dos mais previsíveis para investimentos, e não chega a afetar os planos da companhia italiana no país, que veio para o Brasil mirando o longo prazo. A concessão em Goiás, por exemplo, vai até 2045.

Echoenergia planeja investir R$ 1 bilhão em usina eólica no RN

A Echoenergia, braço de geração de energia renovável da gestora britânica Actis, vai investir cerca de R$ 1 bilhão na construção de um novo complexo eólico no Rio Grande do Norte, informa o Valor Econômico.

Com 206 megawatts (MW) de capacidade, o empreendimento, chamado de Serra do Mel 2, está previsto para entrar em operação em janeiro de 2022 e fornecerá energia para quatro consumidores livres com os quais a companhia assinou recentemente contratos de compra e venda de energia no longo prazo. “Acabamos de assinar [os contratos] com quatro compradores diferentes. Com isso, construindo esse parque, chegaremos a 1.211 MW de capacidade instalada em 2022”, afirmou o presidente da Echoenergia, Edgard Corrochano.

Comitê teme que chuvas levem lama de Brumadinho para o rio São Francisco

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, disse temer, com a chegada da temporada de chuvas, o escoamento da pluma (restos de rejeitos de minério) barrada na Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, entre os municípios de Pompéu e Curvelo, em direção ao rio São Francisco.

“Já alertamos as autoridades federais, mas até hoje, nada. Estamos preocupados que os sedimentos sejam revolvidos e levados pelo rio”, afirmou Polignano. A possibilidade de os rejeitos de minério de Brumadinho atingirem o São Francisco gera comoção na região de Três Marias, pois milhares de famílias vivem dos recursos naturais. Em 25 de janeiro, o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, controlada pela Vale, no município de Brumadinho (MG), provocou um dos maiores desastres com rejeitos de mineração no Brasil. As informações são do Estado de Minas.

PANORAMA DA MÍDIA

A expansão de 0,6% da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano em relação ao período imediatamente anterior é a manchete de hoje (04/12) dos principais jornais do país. O resultado foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Valor Econômico destaca que o bom desempenho do consumo das famílias, do investimento, da indústria extrativa e da agropecuária foi responsável pelo resultado do trimestre. De acordo com o jornal, a expansão superou as previsões dos analistas, de alta de 0,4%, levando vários bancos e consultorias a elevar as estimativas para o crescimento de 2019. Agora, a maior parte das previsões aponta para um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) pouco superior a 1%. Mesmo assim, será o terceiro ano consecutivo de baixo crescimento, após três anos seguidos de recessão, entre 2014 e 2016.

O Correio Braziliense também destaca que o crescimento da economia brasileira foi acima do esperado e surpreendeu o mercado.

Em editorial na edição desta quarta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo analisa que o Brasil superou a pior fase, a economia ganhou impulso e 2020 poderá ser melhor do que os economistas têm previsto. O editorial enfatiza que essa foi a avaliação dominante do novo balanço geral da atividade – produção, consumo, poupança, investimento e comércio exterior.

A jornalista Míriam Leitão, do Globo, considera bom o resultado do PIB, uma vez que o esperado era crescimento de 0,4% no terceiro trimestre. Ela ressalta que o investimento subiu pelo segundo trimestre consecutivo. A construção civil também está positiva. A indústria extrativa deu um salto por causa do petróleo. Há também alguns dados decepcionantes, mas o resumo de tudo é que os economistas começam a rever a previsão de 2020 para um pouco mais de 2%. O ritmo é lento, mas o país está melhorando. O PIB ainda não voltou ao nível pré-crise, do primeiro trimestre de 2014. Contudo, está 4,9% acima do ponto a que chegou no quarto trimestre de 2016, depois de dois anos de recessão forte.

Segundo análise da Folha de S. Paulo, a mudança que tirou de cena o setor público como um dos propulsores do crescimento, abriu espaço para o protagonismo do setor empresarial e para os consumidores, como resultado da severa crise fiscal dos últimos anos.

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