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Transmissão de energia marca nova política – Edição da Manhã

O sucesso do último leilão de 2019, de transmissão de eletricidade, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em dezembro, deve ser visto como um marco da mudança da política de concessões, segundo o editorial econômico da edição de hoje (04/01) do jornal O Estado de S. Paulo. E mais: na opinião do jornal, o resultado do certame parece selar “o compromisso do governo de reduzir a presença do Estado como administrador de empresas que podem ser mais bem geridas pelo setor privado”.

O editorial ressalta que os 12 lotes arrematados envolvem 2.470 km de linhas e subestações de transmissão e o compromisso dos vencedores é investir R$ 4,2 trilhões e gerar quase 9 mil empregos diretos nos 30 anos das concessões. A intensa disputa entre as 38 empresas participantes do leilão resultou em um deságio médio de 60,3% da Receita Anual Permitida (RAP) total, o que poderá representar, para os consumidores finais, uma economia anual de R$ 430 milhões e de R$ 10 bilhões até o final das concessões.

O Estado utiliza o exemplo do leilão de transmissão de energia e outros certames realizados em 2019 na área de infraestrutura, para defender a privatização da Eletrobras, que ainda não está definido, pois depende de autorização do Senado Federal. “No caso da estatal elétrica, não se trata de obstáculo ideológico, mas fisiológico, pois as subsidiárias da Eletrobras são conhecidos cabides de empregos bem remunerados que já deram vultosos prejuízos à União.”

Transmissão de energia sem fio para Roraima, citada por Bolsonaro, é tecnologia distante

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O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (03/01), que vai aos Estados Unidos em fevereiro para conhecer uma solução de “transmissão de energia elétrica sem meios físicos”, mas a tecnologia apontada como eventual solução para problemas de suprimento em Roraima é algo distante da realidade, improvável de ser aplicada atualmente.

Especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters dizem que esses sistemas são ainda experimentais, aplicáveis apenas em pequena escala, e não podem resolver o problema de Roraima, que enfrenta dificuldades energéticas porque era abastecido, principalmente, por importações da Venezuela, que foram suspensas em decorrência da crise econômica do país vizinho.

A reportagem explica que o projeto de um linhão de transmissão, que conectasse Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ainda não obteve licença ambiental para ser construído. A reportagem foi reproduzida na edição de hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O que a última turbina inaugurada em Belo Monte significa para o rio Xingu

A revista Exame traz, em seu canal de internet, uma reportagem sobre a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e as dificuldades de sobrevivência de moradores da região do rio Xingu. De acordo com a reportagem, desde que a usina barrou um pedaço do rio Xingu, no final de 2015, mais de 200 famílias de pescadores que habitam o trecho de 100 quilômetros entre as cidades de Altamira, Anapu, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu viram sua fonte de renda – a pesca – e de alimentação diminuir.

Moradores entrevistados pela revista reclamam que os impactos provocados por Belo Monte desde o início da obra se agravaram com o barramento definitivo do rio. Em uma série de vídeos produzidos por moradores de Volta Grande do Xingu, o que se vê são pescadores arrastando barcos em meio a pedras para conseguir chegar até a água. Em partes da região, antigamente navegáveis e repletas de peixes, o caminho agora é percorrido a pé.

A reportagem cita, ainda, um estudo realizado entre 2014 e 2017, segundo o qual a produção total do pacu – espécie mais comum da região – caiu nos meses de pico da pesca (janeiro e fevereiro) de 929,8 kg em 2015, para 396,3 kg no primeiro ano de barramento do Xingu, em 2016, situação também influenciada pelo impacto climático do El Niño. A última turbina de Belo Monte foi inaugurada no dia 27 de novembro.

Furnas pode gerar energia fotovoltaica em MG

O Diário do Comércio, de Minas Gerais, informa que, a partir da instalação de um sistema de geração de energia solar fotovoltaica no entorno e no reservatório da Usina Hidrelétrica de Itumbiara, no rio Paranaíba, Furnas Centrais Elétricas vai estudar como esse tipo de unidade pode ampliar o tipo de energia produzida.

“É uma usina para estudos”, disse ontem (03/11), em entrevista à Agência Brasil, o gestor técnico da Gerência de Pesquisa, Serviços e Inovação Tecnológica de Furnas, Jacinto Maia Pimentel. Itumbiara é a maior usina do Sistema Furnas e fica localizada entre os municípios de Itumbiara, em Goiás, e Araporã, em Minas Gerais.

PANORAMA DA MÍDIA

O ataque dos Estados Unidos, que matou o general iraniano Qassim Suleimani, no aeroporto de Bagdá, no Iraque, é o destaque de hoje (04/01) dos principais jornais do país, que publicaram reportagens e análises sobre os riscos da ação militar para o mercado do petróleo e a possibilidade de escalada do conflito na região.

Serviços de inteligência dos EUA sabiam que Suleimani estaria em Bagdá e enviaram um drone armado com foguetes para disparar contra sua comitiva na saída do aeroporto. Nove pessoas foram mortas pelos disparos. O embaixador iraniano na ONU, Majid Takht Ravanchi, disse que o bombardeio foi um ato de guerra que será respondido com uma ação militar. O presidente dos EUA, Donald Trump, enviou ontem 3,5 mil homens à região do Golfo Pérsico para reforçar a segurança de instalações americanas contra uma eventual retaliação prometida pelo Irã. (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Correio Braziliense)

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